Fedor do Inferno

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Zayn Malik

Dia Um

A dor de cabeça é infernal, mal consigo abrir meus olhos, mesmo sendo totalmente escuro. Sinto como se minha cabeça estivesse rachada: O crânio estilhaçado e o cérebro exposto. Qualquer movimento mínimo, é capaz de piorar a dor em mil vezes. Sei que uma hora ou outra vou ter de abrir meus olhos, só me falta a coragem para resistir às pontadas na minha nuca.

Tudo o que eu quero é um bom analgésico, um copo de água e uma cama confortável o suficiente para tira ruma boa soneca. Obviamente, não tenho nenhum dos três. Seja qual for o objetivo dela, deve estar incluso me matar de sede. Minha boca está mais seca que o deserto do Saara.

Então, apenas mantenho meus olhos fechados e fico o mais imóvel possível.

Dia 2

Depois de muito tentar, consegui me levantar e me sentar de costas para uma parede fria e gelada. Tive um pesadelo horrível onde eu era torturado por vários seres malignos com corpos retorcidos. Eram tão distorcidos que as semelhanças entre eles eram raras. No entanto, havia uma unica coisa em comum entre eles. Era o rosto. O rosto da minha algoz: Zendaya.

Quando ela estava prestes a me matar, eu acordei em um sobressalto. A dor de cabeça me atingiu na hora, porém, bem mais fraca. Fraca o suficiente para eu me manter sentado e depois levantar, tateando pela paredes em busca de alguma saída. Depois de muito rodar a esmo pelo quarto e dar de cara com as paredes, eu desisti e me sentei onde estou agora.

Percebo que estou sem camisa, sem calças e usando uma cueca. Aparentemente é uma boxer, não tenho muita certeza para ser sincero. A parede já é fria, juntando com a minha falta de roupas, estou congelando.

Abraço meu próprio corpo e esfrego meus braços para esquentar um pouco. Eu só queria uma droga de cobertor, mas a maluca da Zendaya não deixou aqui.

Zendaya... Quem diria que aquele sorriso doce ia esconder uma sequestradora maldita. É até irônico se for parar para pensar... Eu esperaria isso de uma Camila que até ameaçou o Cameron com uma faca ou de um Austin Mahone da vida. Mas o universo escolheu ela para ser a cretina que fode com a minha vida.

O foda é que ninguém sabe que vim até aqui. Nem o Cameron. Mas quem saberia? Não tenho ninguém para quem contar alguma coisa. Só posso desejar, na verdade, rezar, para que alguém finalmente me encontre.

Só quero estar vivo para quando esse momento chegar.

Percebi depois de tempo que estou em um porão. Ouvi barulhos vindos de cima, ou seja, estou embaixo da terra. Isso explica o por quê de estar tão escuro. De qualquer forma, isso só faz piorar minhas incertezas. Para falar a verdade, só tirar as minhas incertezas e me dar a incerteza de que irei ficar aqui até a Zendaya enjoar de mim.

Nenhum plano daria certo enquanto ela não descesse e ligasse algum tipo de luz. A escuridão se tornou a única coisa palpável, já que não consigo saber se é dia ou noite.

O frio e a escuridão. As únicas coisas que posso me apegar.

Dia 3

Acho que tem algum animal morto aqui embaixo. O cheiro de putrefação me faz ficar enjoado. Não é nada insuportável, mas ainda assim é incomodo. É como se um animal tivesse morrido e o início da putrefação tivesse se dado naquele momento. Um cheiro um tanto adocicado, semelhante ao de frutas muito podres, misturado ao de carne estragada.

Resisti muito para não botar o que eu já não tenho para fora. Toda a fome que eu sentia se foi, apenas ao sentir o odor e só me restou a sede. Usei minha mão para cobrir meu nariz e comecei a respirar pela boca. Não ajudou muito, mas é melhor que ficar respirando aquilo pelo nariz.

Também notei algumas diferenças, já que barulhos de alguns passos foram audíveis em lugares diferentes da casa. Mas quando fui perceber que se tratava de mais gente além da Zendaya, eles já tinham saído. Ouvi um baixo "Espero que o encontrem logo!", Vindo da maldita sequestradora e a porta se fechando em seguida.

Ainda emiti alguns gritos na medida do possível já que minha garganta seca não me permitia bradar com mais força. Porém, eles não foram ouvidos por ninguém. Percebi que o som ali era um tanto abafado e comecei a cogitar a ideia dela ter usado algum isolador acústico. Até mesmo se ela usasse colchões, poderia isolar um pouco os sons. Lembro que usei bastante isso para impedir que o som do meu computador ligado, acordasse meu pai.

Isso fez a minha raiva crescer dentro de mim. Senti uma agonia, um sentimento de impotência e desesperança. Algo que parece me corroer por dentro e me destruir. Doloroso. Começo a gritar o nome de Zendaya de forma desesperada. Minhas voz sai rouca, enraivecida, até um tanto embargada.

Só paro de chamar quando escuto passos rápidos descendo o que parece ser uma escada, em seguida a porta se abrindo, enviando um clarão diretamente para o meu rosto.

Apaixonado Pelo Valentão - ShameronOnde histórias criam vida. Descubra agora