Apaixonado Pelo Valentão - Shameron

Zen

Cameron Dallas

Estou na ala de cereais do mercado, tentando encontrar aqueles feitos de chocolate. Não gosto daqueles normais amarelos que parecem milho.
Me viro para uma garoto com roupa da empresa, parece repor mercadorias:

— Licença, pode me dizer onde fica daquele cereais... — digo a marca e sorri me levando até uma caixa azul com detalhes em marrom, identificando o chocolate. — muito obrigado!

Digo e começo a me afastar, quando a voz dela me chama a atenção:

— Você é o Cameron, certo?

Me viro em sua direção, vendo seu sorriso gentil:

— Sou! Sou sim... E você é... — Estendo minha mão qual ela aperta.

— Me chame de Zen.

— Está bem, Zen, desculpa perguntar, mas de onde me conhece?

Ela dá um tapa de leva na resta como se lembrasse de algo e diz ainda com um sorriso:

— Da escola, fiz parte do clube do livro da Hailee por uns meses, mas saí, não tenho cabeça para essas coisas.

— Acredite, já pensei em sair também mas eu estar ali foi meio que um promessa para a Hailee.

— Entendo. Ela é uma garota bem bacana, mas os livros escolhidos sempre são romances.. e tipo, nada contra romances, só não curto muito. Sou mais de romances dark.

— Também não sou amante dos romances coloridos, amo personagens problemáticos e histórias complexas. Prefiro livros eróticos, não sou um tarado, pelo o amor de Deus!

Rimos juntos e continuamos a conversar sobre livros e o clube do livro. Zen parece ser uma boa garota e uma ótima opção como amiga, levando em cons minha relação conturbada com Hailee. Embora eu Hailee fossemos colegas e nos tratarmos bem, sempre boa existir uma situação chata entre nós. Decorrente do que aconteceu no refeitório.

— Quando as aulas voltarem, podemos ir juntos para a escola que tal? — Ela diz e eu não sei se aceito.

Bom, ter uma nova amiga não pode ser ruim. E Zen parece ser uma boa garota:

— Ótimo, posso passar na sua casa para te buscar... Vamos eu e meu irmão no carro, as vezes o namorado dele.

— Ah, você é irmão do Zayn, não é mesmo? — Ela perguntou com os olhos brilhando e logo senti uma vibe estranha aí.

Gente, não estou gostando. Se minhas suspeitas estiver certa, ela tem algum sentimento por Zayn e não quero trair a confiança do Liam. Vou sondar melhor isso aí... Mas a garoto acabou de me ouvir dizendo que ele tem namorado, deve ser apenas paranóia da minha cabeça mesmo.

— Sou sim. Enfim, foi um prazer te conhecer Zen, tenho que ir!

Saio em disparada em direção ao caixa. Não sei por que, me deu um certo incomodo.

•••••••••

Quando chego em casa de novo, identifico a voz de Geoff.

Entro em casa e tento passar o mais rápido para a escada, quando meu pai me chama. Desço enquanto solto um longo suspiro e os encaro, estão na cozinha fazendo o jantar:

— Onde estava, filho? — Meu pai perguntou com uma feição estranha, quase implorando para que eu seja mais receptivo ao Geoff.

Eu franzi meu cenho, estranhando ele prepararem o jantar tão cedo:

—  Fui comprar cereal, o senhor esqueceu... — Digo botando o cereal no balcão e então vou pegar uma tigela

— Comer cereal uma hora dessas? — Perguntou olhando o relógio.

Olho a hora me meu celular e tomo um susto, passei tanto tempo assim na rua? Zen tomou meu tempo falando sobre livros eróticos e agora estou fora do horário de café da manhã:

— Agora existe uma regra qual me proíbe de comer cereal fora de hora? — Pergunto ativando meu modo adolescente chato, estou estressado e o motivo foi a conversa com Zayn mais cedo.

Meu pai me olhou sem graça e discordou balançando a cabeça. O que estou fazendo? Tratei meu pai mal por que estou estressado com a total falta de consideração do meu namorado em aceitar pelo manos conhecer meu pai?

— Então, Cameron, tem alguma preferência para o jantar de hoje? Gosta de Canapés? Vou fazer alguns canapés de ricota com azeitonas que são uma delícia.

O olho e procuro a resposta mais malcriada na minha mente, mas eu então meu lado maduro me repreendeu...
Enfim meu lado infantil venceu a batalha:

— Comida serve... — Falo enquanto boto cereal e leite na tigela, subo as escadas sem nem olhar para trás.

Adento meu quarto, sento na minha cadeira e ligo meu computador. Nenhuma tarefa boa por enquanto. Chamo de tarefas boas aquelas que me dão uma quantidade razoável de dinheiro, sem serem super complicadas.

Estou tão concentrado que não noto a aproximação de Geoff. Apenas ouço seus toques na porta:

— Posso invadir o quarto desse adolescente ou a zona está muito perigosa? — Ele diz fazendo graça.

Fico sério tentando entender a piada dele. Não encontro lógica e faço minha melhor feição séria:

— Entre.

Ele adentra devagar e se senta na minha cama, o observo:

— Cameron, sei que começamos com pé esquerdo e magoei o Liam... Mas não precisa ser rude com seu pai por minha causa, não quero causar problemas entre vocês.

Fico observando ele calado. Percebi que o silêncio incomoda ele mais de que palavras rudes e resolvo usar isso ao meu favor:

— Apenas quero que sejamos o máximo possível uma família e ser aceito pelos filhos dele. Até por que os filhos também vem no pacote e o Nick está vindo aí para completar nossa família.

— Sabe que o problema? — falo cruzando meus braços e me mantendo sério. — Você não se aceitou como parte da família ainda e acha que eu estou agindo de forma diferente com meu pai por sua causa. Acontece que nem tudo gira ao redor de vocês dois nessa casa e eu tenho mil e um motivos para estar sendo grosso com meu pai. — me aproximo, inclinando sobre o braço da minha cadeira. — Nenhum deles envolve você.

Ele fica vermelho e me sinto mal:

— Sinto muito, não quis parecer grosso... Estou com a cabeça cheia ultimamente. — Falo me encostando na cadeira e passando a mão em meu rosto.

— Está tudo bem, tem toda razão de estar com raiva de mim pelo que fiz com Liam, mas prometo que tanto me redimir com ele todos os dias.

— O Liam não guarda rancor, Geoff. Ele pode estar com raiva, sim, foi muita mágoa, no entanto se você souber conquistar ele de novo, o perdão vem de brinde. — digo e me viro para o computador. — Olha, um trabalho bom...

Ele se levanta dizendo que vai me deixar em paz para trabalhar:

— Quero bolo! — Grito chamando sua atenção. — De chocolate serve.

Ele sorri e desce as escadas. Talvez ele não seja tão ruim assim, só espero que o filho dele seja gentil.