Olhos Puxados

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Venho aqui no início do capítulo avisar que esse capítulo possui ofensas. Ofensas racistas, machistas e homofóbicas, então para aqueles que se incomodam, é melhor que não leia.

Como sabem, temos um personagem que possui todos esses títulos horríveis na história.

Então é isso! Tentem não passar raiva.

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Camila Cabello

O dia seguinte aquela festa foi um porre. Nunca tive uma ressaca tão forte quanto essa, ainda mais depois daquela confusão enorme onde as pessoas que eu sempre vi como melhores que eu em caráter, se revelaram as piores. Piores em diversos sentidos.

Agora estou tendo que enfrentar um teste surpresa de matemática, coisa que estou péssima para caramba e ainda tenho que ajudar o Shawn na atividade de espanhol.

Só de pensar em fazer, eu fico cansada.

Estou andando pelo corredores, indo para a aula de espanhol, repassando o pouco que estudei usado um caderno. Estou parece Hailee e seu costume de andar pelos corredores, sempre com um caderno ou livro em mãos.

As linhas do caderno estão, mas tão interessantes que não vejo um corpo se projetar a minha frente, em seguida eu fui ao chão. Olho para cima e encontro Austin Mahone me olhando como se eu fosse uma espécie primitiva e suja, digna apenas do seu nojo e pena:

— Por que não volta para o seu país de terceiro mundo, sua primata? — Soltou me deixando muito ofendida, tratei de me erguer e olha-lo com mais nojo ainda.

— Não vou perder meu tempo discutindo com você. — Fui seca e me esquivei dele, porém ele me puxou com muita força e eu tropeço, recuperando procuro me equilibrar por muito pouco antes de cair no chão.

— Não vem dar uma de superior para cima de mim, sua vadia. Sei bem da sua fama aqui no colégio, transando com meio mundo. Você é suja, imoral... — percorreu o olhar pelo meu corpo com nojo, apertou me braço usando mais força e solto um gemido de dor. — Essa escola se contaminou... Se contaminou com bichas, crioulos e putas. Pior, putas latinas!

Ele me jogou em direção ao armário, me fazendo esbarrar e machucando meu ombro. Seguro meu braço enquanto aperto os dentes para suportar um pouco da dor:

— Pessoas como vocês, saem da merda de país socialista para vir roubar a liberdade do nosso país com sua ideologia nefasta! — Ele deu um soco no armador do lado do meu rosto, o que me fez saltar e começar a chorar

— Me deixa em paz, por favor, me deixa em paz! — Imploro enquanto me sento no chão, sentindo todo o tamanho dele me impedindo de fugir.

Como eu queria o Shawn aqui comigo...

— Amo ver sua raça implorando... Há alguns anos atrás, você estaria em um tronco, sabia? — ele me ergue pelo braço de novo e então me joga contra o chão. — Eu vou pegar tão pesado para o seu lado, que a única saída para você vai ser o suicídio.

Ele então sorriu de afastando. Por que ninguém apareceu para impedir? A escola tem câmeras e mesmo assim ninguém apareceu para impedir tudo isso. Começo a perceber que foi assim que Liam, Cameron, Hailee e tantas outras pessoas se sentiram quando eu as perseguia.

Se sentiram um lixo, um nada, uma pessoa sem dignidade e direito de paz. E tudo isso para satisfazer o prazer sádico de pessoas como eu.

Mal tenho forças para me levantar, quando vejo a aproximação de uma garoto de olhos puxados, sorrindo, mas esse jeito alegre logo some quando me vê caída:

— ei, você está bem? — perguntou me ajudando a levantar. — Você caiu?

— Sim, gostamos que uma armário cm braços e pernas resolveu brincar de boliche, acabei sendo o último pinto em pé. — Falei sendo ajudada por ele a levantar, por ventura senti os braços musculosos dele.

— Sei bem como é. Esses garotos dessa escola são uns babacas! Fui empurrado por dezenas deles desde que entrei na escola. — Sorriu para mim e eu me senti obrigada a retribuir.

— E vai ser vítimas mais cem em breve. — Brinquei e ele deu uma risada alta, mostrando os seus dentes perfeitos.

Uma friozinho na barriga. Não gostei dessa sensação.

— Eu sou o Ross. Ross Butler. — estendeu a mão para mim, qual eu apertei sendo educada de mais até para mim.

— Satisfação, sou a Camila! — falei e resolvi ser gentil. — Você é da Coreia?

Ele fez uma cara sem graça e eu me senti estranhamente envergonhada. Que merda está acontecendo comigo! Nunca fiquei envergonhada na frente de um garoto, muito menos me senti na obrigação de socializar com um:

— Ah, não, eu sou de Singapura. — ele voltou a sorrir, agora me olhando o intensamente. — De qual ano você...

— Camila, vamos! — Gritou uma de minhas amigas passando correndo para a aula.

Começo a andar em direção a minha aula, mas então me lembro do garoto e volto, me sentindo na obrigação de dar uma satisfação para ele sobre o que eu vou fazer:

— Vou para a aula de espanhol agora... Vejo você no refeitório?

Ele apenas balança a cabeça para cima e para baixo, parecendo admirar alguma coisa e espero que seja minha bunda.

Apaixonado Pelo Valentão - ShameronOnde histórias criam vida. Descubra agora