Apaixonado Pelo Valentão - Shameron

Problema de Nick

Liam Payne

— Pare de ficar dando tanta atenção para uma coisa tão boba, assim, caralho! — Zayn soltou após coçar a cabeça.

Estamos em uma conversa tem quase dez minutos sobre essa perseguição toda de Zendaya para o lado dele. O mais me deixa irritado é a indiferença dele para essa situação, mesmo que ele não tenha culpa, é no mínimo preocupante essa forma de agir da garota. Ela é uma stalker:

— Você não vai falar desse jeito comigo! — usei de toda a firmeza na minha voz para deixar claro meu  incômodo sobre essa forma dele de ficar me tratando quando está com raiva. — Não sou uma criança. Não grite comigo.

Ele bufou, esfregando o rosto com as mãos fortemente. O estresse é palpável, a tensão em seus músculos. Provavelmente o trabalho está o estressando, ou outras coisas. Temos muito com o que lidar e não faço o meu papel para ajudar ele a aliviar o estresse.

Eu não faço sexo com ele. Não tenho coragem para toca-lo dessa forma, não depois do que aconteceu. As vezes sinto como se algo tivesse mudado em mim depois... Não quero que o Zayn me veja se roupas, tenho vergonha do meu próprio corpo. Só de imaginar ele me tocando, fico com vergonha por ele. Como ele consegue sentir atração por uma coisa suja como eu?

A culpa desse estresse é minha. Não sou um bom namorado.

— Para porra, para, nem começa! — Ele revirou os olhos se levantando e começando a andar de um lado para o outro.

— Zayn, senta por favor? — Pedi um pouco assutado.

Nunca vi ele tão braço e confesso ter me assutado um pouco:

— Não quero! — rosnou sem me olhar direito. — Quando eu vou poder ficar me paz sem você inventar essas paranóias? Eu tento te proteger e cuidar de você, mas a sua insegurança sempre fode com tudo. Acha o quê? Que eu tô dando trela para essa garota?

— Eu não disse isso! Abaixa esse tom de voz, agora! — Me levantei e fiquei de frente para ele.

Ele me olhou como se eu fosse um completo desconhecido, sua boca aberta e as sobrancelhas apertadas. Um riso de deboche surgiu em seus lábios, de transformando em um uma risada intensa. Daquelas risadas que faz você se curvar, ficar sem fôlego.

Me senti uma merda. A minha tristeza é saber que ele não me leva a sério e isso me fez cair sentado na cama:

— Deu para ter coragem agora? — ele perguntou entre o espaço de tomar fôlego e rir. — Essa porra toda é ridícula! Olha pelo que a gente está discutindo, Liam. Por causa dessa sua insegurança.

Me irrita quando ele diminui o que estou sentindo a apenas um motivo bobo. Eu tenho muito problema e expressar o que eu sinto e quando eu consigo, o Zayn trata como se fosse nada. Meu medo não tem relação a algo que o meu namorado possa fazer e sim o que aquela garota pode aprontar:

— Odeio quando você não me leva a sério! — Falei me virando para a janela e abraçando meu próprio corpo.

Senti a respiração de Zayn em minha nuca e por um instante, isso abalou minha armadura.

— Olha, Liam, me desculpa se estou sendo insensível com você, mas amor... — tocou meus ombros, deixou um beijo na minha nunca que me arrepiou e por fim me abraçou. — Eu amo você, só você. Não confia em mim?

Não respondi. Queria ter respondido, mas não encontrei voz para isso. As palavras simplesmente não saíram, se prenderam em minha boca e eu me resignei a fingir não ter ouvido sua pergunta. Toquei seu braço que estava rodeando minha cintura e puxei levemente para lhe afastar. Ouvi sua respiração ficar pesada.

— Pequeno... — sussurrou parecendo surpreso. — Não faz isso comigo.

Tomo um susto quando ouço um barulho vindo do andar de baixo. Olho para Zayn tenso e ele retribui, mas para não demonstrar medo, resolve sair do quarto e eu vou em seu encalço.

Nem meu pai ou o pai dele estão em casa hoje. Então, não fazemos ideia de quem possa estar causando o barulho. Engulo minha saliva um pouco nervoso, um pouco não, muito.

— Volta para o quarto, amor. — Zayn pede me deixando nervoso, nego com a cabeça.

Vejo ele bufar levemente. Pouco me importa, não vou deixar ele ir sozinho lá para baixo.
Descemos a escada aos poucos, um pé por vez até chegarmos no andar de baixo.

Um vulto se projeta da sala, onde um abajur iluminava a mesa de centro. O vulto se aproxima rapidamente e vemos ser Nick, um Nick muito estranho na verdade. Os olhos um pouco vidrados, as pupilas dilatadas e respirando um pouco forte:

— Ei, cara. Você tá legal? — Zayn perguntou tocando o ombro dele, mas logo é jogado para trás após levar um soco de Nick.

Grito e seguro Zayn para não cair.

— Ficou louco? Eu vou falar para o papai! — Falei e peguei meu celular para ligar, porém ele o toma e joga contra o chão.

Nick que sempre teve uma personalidade tranquila, agora age em uma agressividade demoníaca:

— Cala a boca sua bicha medrosa do caralho! — Gritou bem próximo do meu rosto me fazendo estremecer.

— Olha como fala! — Diz Zayn levantando e acertando um soco no rosto de Nick.

Nick não vai no chão, embora tenha se desequilibrado. Por sua altura, talvez ele leve uma vantagem em cima de Zayn, o que me assusta e me coloco entre eles.

— Parem com isso! Para, para, para com isso! — Empurro Nick com uma força que eu nem sabia existir e ele tomba de costas.

Pego o celular de Zayn e dígito o número da polícia, mostro para Nick e digo:

— Se você fizer alguma mal a gente, eu vou ligar para a polícia. Então, fica bem sentado aí.

— Porra... — Zayn diz, agora olhando para a mesa de centro e eu me aproximo. — O filha da puta tava se drogando aqui em casa.

Me aproximo e encontro duas carreiras de cocaína em cima da mesa de centro. Não percebi o pó branco por causa do nervosismo, mas agora, posso ver claramente o branco sendo iluminado pela luz amarelada do abajur. Ele estava tão em silêncio se drogando que não notamos sua presença.

— Zayn, vamos ajudar ele a ocultar isso. — É automático o que eu falo.

— O quê? Está ficando maluco, não é? Esse drogado me bateu, te xingou e está usando drogas na nossa casa.

— Eu sei. Só que se o meu pai ver isso, não vai acabar bem. — Falo e me viro para Nick ali deitado, olhando para o teto de forma fixa.

— O que tem isso? Se der merda para ele, é por que ele merece. Fez merda, agora aguente. — Diz irredutível o que me irrita um pouco.

Olho para Zayn de maneira severa:

— Imagina se toda ver que você fizesse alguma merda, eu e Cam deixássemos você de mão? É bom abandonar os outros qua do elas erram, mas é horrível quando isso acontece conosco — ele me olhou de forma culpada. — Por favor, peguei um pano para eu limpar essa merda e depois vamos botar ele lá no quarto.

Tarde de mais. Tarde de mais pois ouço a voz de meu pai e Daniel na porta, Cameron parece ter chegado ao mesmo tempo, pois também posso ouvir ele resmungar.

A merda tá feita.