EMMA
Me chamo Emma Myers, tenho 18 anos e moro com meus pais. Nos mudamos à uma semana para São Paulo.
Meus pais decidiram vir para São Paulo porque meu pai foi dispensado do trabalho dele em Curitiba. E agora estamos todos tentando achar um emprego, mas até não conseguimos nada.
- Filha, a moça da agência de trabalhos me ligou, disse que surgiu 3 vagas de trabalho, mas tem exigências. - Meu me informou
- E quais são elas?
- Eu ainda não sei, mas vamos encontrar a senhora que deseja nos contratar.
- E se ela tiver muitas exigências?
- Temos que cumprir as exigências, precisamos dos empregos e parece que a mulher paga bem, e só assim eu e sua mãe conseguiremos pagar uma boa faculdade para você.
- Que horas vamos encontrar com a mulher?
- Marcamos para as 14 horas.
- Está quase na hora. - Respondi.
Estamos ficando em um quarto de hotel por enquanto, mas tenho fé que vamos conseguir coisa melhor.
Nos arrumamos e fomos na tal entrevista de emprego. E devo admitir que quando chegamos na entrada da grande mansão, eu até me assustei, pois é linda e grande.
Logo a mulher veio de encontro com a gente, e nos comprimentou.
- Venham para dentro, precisamos conversar.
Nós acompanhamos ela até a grande sala, sentamos no sofá e encaramos a mulher.
- Bom, a agência me mandou o currículo de vocês, e eu vi que estão a procura de qualquer trabalho, certo?
- Sim, qualquer trabalho está valendo. - Meu pai respondeu rapidamente.
- Bom, eu preciso de três pessoas para ter cargos diferentes, só que tenho algumas exigências.
- Pois diga as exigências. - Minha mãe pediu.
- Eu preciso de uma pessoa para cozinhar, outro cuidar do jardim, e uma para cuidar da minha filha, ela é deficiente visual e tem algumas dificuldades.
- Eu já trabalhei com jardinagem e minha esposa cozinha maravilhosamente bem. E bom, minha filha está em busca do primeiro emprego.
- Mas tem um problema, vocês teriam que morar na casa que fica perto do jardim. Ela não é tão grande, mas é aconchegante. Tem sala, cozinha, banheiro e 3 quartos.
- Eu não sei ... - Meu pai parecia pensar na proposta.
- Eu assino a carteira de vocês, e pago 3 salários mínimos para cada um.
Eu arregalei meus olhos, aquilo era muito dinheiro.
- Isso é muito dinheiro, não tem como recusar. Precisamos de dinheiro para pagar uma boa faculdade para Emma. - Meu pai fala.
- Eu posso conseguir uma bolsa para ela na melhor faculdade de São Paulo. - Vejo que essa dona joga muito sujo.
- Aceitamos a oferta. Quando começamos? - Minha mãe falou na hora.
- Bom, você e sua esposa começam amanhã, o trabalho do senhor e da sua esposa são mais fáceis, já o da sua filha vai ser mais complicado.
- Mas ela vai apenas cuidar da sua filha, qual a dificuldade? - Meu pai pergunta curioso.
- Minha filha se chama Jenna e tem 19 anos, ela ficou cega depois de um acidente que sofreu com meu falecido marido, e desde então Jenna ficou amargurada. Ela tem um gênio difícil, pode ser bem mal educada as vezes. E tenho que dizer que ela é intersexual, espero que não tenha nenhum problema com isso - Natalie explicou calma.
- Acho que posso lidar com isso, não me importo. - Eu disse baixo.
- A Jenna consegue se locomover aqui dentro de casa, as vezes ela se perde em algum corredor, raramente acontece isso, mas para não ter dúvidas peço que acompanhe ela sempre, e principalmente no jardim. Minha filha ama o jardim, não gosto de deixar ela ir sozinha tem a piscina perto e tenho medo que ela caia lá.
- E o que ela gosta de fazer no dia a dia? - Perguntei interessada.
- Ela gosta de acordar bem cedo, de tomar um café bem forte, depois gosta de ir para o jardim e ficar até a hora do almoço. Depois do almoço ela gosta de tomar banho e dormir um pouco, e quando acorda, ela gosta de descer para o jardim novamente e ler um bom livro, ela tem muitos livros em Braille, ela literalmente ama livros. Quando começa a ficar tarde, ela entra para casa, toma banho, janta, e vai para o quarto ouvir música, até cair no sono.
- Então ela basicamente gosta do jardim, livros, banho, e de música.
- Sim, e a casa foi adaptada aos poucos para ela, o banheiro que fica no quarto dela, foi adaptado perfeitamente para minha filha.
- Eu terei que ajudar ela no banho, ou se trocar ? - Fiz careta.
- Não, só se ela estiver se sentindo mal e lhe pedir ajuda. Mas ela consegue tomar banho sozinha e se vestir também.
- Acho que vou conseguir me dar bem com sua filha. - Falei sorrindo.
- Eu espero que consiga mesmo, e tenho que te pedir mais uma coisa.
- Fique à vontade.
- Não trate Jenna como uma inútil, minha filha pode ser cega, mas é muito inteligente. E faça com que ela te sinta como uma amiga, e não como uma empregada. As vezes eu acho que ela sente falta de ter amigos.
- Sim senhora.
- Depois eu quero que me passem os dados da Emma, e o que ela deseja cursar, para eu fazer a matrícula dela na faculdade.
- Nem estou acreditando, que Emma vai estudar em uma faculdade boa. - Meu pai disse sorrindo.
- Pois acredite. O horário que a Emma estiver na faculdade, a Sua pode cuidar da Jenna?
- Posso sim, sem problemas. - Minha mãe respondeu.
- As vezes eu tenho que fazer algumas viagem rápidas, você terá que dormir aqui com minha filha - Natalie me explica.
- Tudo bem, e quando eu vou conhecer sua filha?
- Bom, vocês já estão contratados, o senhor e sua esposa podem buscar as coisas de vocês. E Emma, você pode conhecer a Jenna agora mesmo, se quiser. - Ela me olhou.

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Quebrando Barreiras
FanfictionJenna, é a garota que ficou cega depois de um acidente. Ela se tornou ranzinza e completamente amargurada. Já Emma, irá mudar a vida da Jenna completamente. CONTÉM PERSONAGEM INTERSEXUAL. SE NÃO GOSTA, NÃO LEIA.