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EMMA

A Jenna tomou banho e se vestiu, logo em seguida deitou na nossa cama.

- Vamos conversar agora, nossos filhos já estão dormindo e você não escapa. - Me sentei ao lado dela.

- Estou cansada Emma, amanhã conversamos.

- Não Jenna, vamos conversar agora. Não esqueça que no passado nos separamos por falta de maturidade e conversa.

- Você quer se separar? - Ela perguntou de repente.

- Não, amor. Eu quero conversar sobre as suas atitudes.

- Ainda está recente.- Ela resmunga.

- Eu sei amor, sei que dói tudo que aconteceu, tudo que a Letícia fez. Mas amor, você e o Arthur não tem culpa.

- Como não? Eu traí você, e o intruso nasceu disso.

- Para de falar isso, mas que porra. Você sabe que não me traiu, você foi dopada e abusada, sei que você se sente violentada e mais um monte de coisas, mas não é assim. Agora me responde, se você estivesse sã, você me trairia com Letícia?

- O que? Claro que não, ficou maluca? - Ela respondeu rapidamente.

- Então, você estava dopada, você não pôde escolher nada. A Letícia te usou e você não quer aceitar isso. Eu só te peço uma coisa, não desconta no pequeno a raiva que você tem da Letícia.

- Mas Emma, não é fácil. - Ela já chorava.

- Eu sei amor, mas estou aqui com você. Arthur é um bebê que precisa de atenção, amor e carinho.

- Ta bom, mas eu não me acostumei com o Intruso, me dá um tempo. Eu nem sei como ele é.

- Amor, ele se parece mais com você, na verdade ele não se parece nada com a Letícia, ele bochechas grandes e um biquinho lindo.

- Chega, depois falamos mais do intruso. E você tem certeza que ele está bem né?- Sorri, essa mulher não tem jeito.

- O Arthur está bem, é só ele tomar as vitaminas e mamar na hora certa.

Eu deitei do lado dela, e começamos a nos beijar, que saudade de beijar ela desse jeito. Me sentei no quadril dela enquanto nos beijamos, ela suspira e separamos o beijo.

- Podemos deixar pra fazer isso amanhã? Eu não... - Ela parecia confusa, com medo ou receosa.

- Podemos amor, quando você quiser. - Dei mais um beijo nela e fomos dormir.


DAY

Acordei ouvindo um choro pela babá eletrônica, acho que é o intruso, minha filha não grita assim .

- Emma, o intruso está chorando. Será que ele está bem? - Cutuquei ela.

- Amor, me deixa dormir. - Ela virou para o outro lado.

- Mas você tem que buscar o intruso para dar mama pra ele, e se estiver com fome? - Perguntei confusa.

- Só busca ele, Jenna. E me deixa dormir, que inferno. - Ela resmunga.

- Mas por que eu? Vai você.

Ela nem me respondeu, voltou a dormir e o intruso não parava de chorar.

Me levantei, e fui devagar até o quarto da minha filha, a parte difícil é achar o lugar que intruso está. Se bem que com esses gritinhos é fácil achar. Fui seguindo o choro dele, e finalmente cheguei no berço.

- Cheguei intruso, fica calmo. Você está limpinho? Ou está com fome?

Verifiquei e fralda tinha xixi, fui até o local onde ficava as fraldas e troquei ele.

- Isso mesmo, agora que você está limpo e calou a boca, posso ir dormir. - Sorri e virei as costas e o menino abriu a Boca novamente.

- Intruso, eu estou com sono. Você vai acabar acordando a sua irmã e a Emma.

Peguei ele no colo e balancei, ele parece ser bem mais leve do que a Cecília. Cecília com a idade dele já era gordinha.

- Carinha, você precisa comer, está magrelo em. - Escutei um pequeno riso. - Gostou né. Mas é verdade, você está parecendo uma pena, se continuar assim, quando estiver grandinho e você e sua irmã brigarem você vai apanhar dela.

- Mamãe, mamãe. - Ouvi a voz da Cecília.

Agora ferrou, os dois acordaram.

- Intruso, não conte para Emma sobre o nosso papo em. E talvez, só talvez, amanhã de madrugada eu venho conversar com você de novo. Agora vamos para o meu quarto.

Eu ajeitei ele no meu colo, e peguei a Cecília também. Fui devagar até meu quarto, levando os dois comigo, desci a Cecília e ela deitou no meio entre mim e a Emma.

- Amor, eu acho que o intruso está com fome. Eu já troquei a fralda, mas acho que ele tem fome. - Cutuquei ela novamente.

Ela se sentou na cama e pegou ele dos meus braços para amamentar.

- Por que trouxe os dois para o nosso quarto?

- Eles estavam acordados, não queria deixar eles sozinhos no quarto. Tadinho, o intruso parecia que estava morrendo de tanto chorar.

- Para de chamar ele assim, Ortega.

Sorri boba, acho que eu poderia me acostumar com isso.

Quebrando Barreiras Onde histórias criam vida. Descubra agora