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CECÍLIA

O dia ontem foi bem cansativo e cheio de acontecimentos, então nem consegui conversar com o Arthur. E por um lado foi muito bom, porque consegui falar com a minha terapeuta, e percebi que fui bem impulsiva.

Todos ficam dizendo que eu sinto algo pelo Arthur, e isso pilhou minha cabeça, acabei sendo impulsiva.

Não vou negar, o Arthur é bonito, mas não sei se quero ficar com ele. São tantas coisas em jogo, que eu prefiro não arriscar. E bem, ele não é meu estilo, somos completamente diferente.

Ouvi alguém bater na porta do meu quarto.

- Entra. - Gritei.

Arthur entrou meio sem graça, conheço todas as caras é bocas desse menino.

- Eu queria conversa, podemos falar sobre o que aconteceu aquele dia?

- Sim, acho que precisamos dessa conversa. - Confessei.

- Eu estou confuso, Cecília. Não sei se quero me envolver com você, nesse sentido.

- Eu acho que estamos assim porque as pessoas sempre dizem que temos um amor encubado e coisas do tipo. Acabou que estamos confusos, e está tudo bem.

- Não está chateada?

- Claro que não, Florzinha. - Abracei ele. - Vamos pensar com calma, temos uma vida toda para refletir e pensar no que vai ser melhor pra gente.

- Eu acho que somos melhores sendo irmãos, mas estou confuso.

- Eu também estou confusa, por isso estou dizendo para darmos tempo ao tempo.

- E se encontrarmos alguém que mexa com a nossa cabeça?

- Ai vamos contar um para o outro, e ter certeza que o sentimento que tínhamos foi passageiro.

- Contei pra mamãe, contei sobre o beijo. - Arthur disse baixo e eu arregalei os olhos.

- Você é um fofoqueiro.

- Qualé, eu estava apavorado e ela me viu... Sabe que não tem como esconder nada daquela mulher.

- É verdade. A mamãe Jenna até que dá para tapear, porque ela é lerdinha. Já a mamãe Emma é esperta e pega as coisas no ar.

- Ela disse que está tudo bem, e que não é ninguém para julgar.

- A velha é sempre sensata, menos quando ela me castiga e tira meu Skate.

- Faz por merecer né, Cecília. Você é esquentadinha, briguenta, resmungona, e sempre acha que pode fazer o que der na telha.

- Qualé, Florzinha.

- Só estou dizendo a verdade.

- Vaza do meu quarto, gazela saltitante. - Falei burrada.

- Seus apelidos nunca acabam né, Sapatão encubada.

- Seu chato, vaza ou eu vou quebrar a sua cara. - Dei um soco no braço dele e o florzinha saiu resmungando.

É sempre assim, começamos a conversar e no final acaba com a gente se ofendendo. Na verdade nem chega ser ofensa, são só apelidos carinhos.

Eu só sei que amo o Arthur, e preciso descobrir se é como irmão ou algo à mais.

Preciso descobrir o mais rápido possível. Está tudo uma confusão, e isso não pode continuar assim. Eu só espero achar a resposta certa, e não uma ilusão.


Relaxem, eles não vão namorar.

Quebrando Barreiras Onde histórias criam vida. Descubra agora