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ARTHUR

Agora eu estava aqui frente a frente com a mulher que me colocou no mundo, e eu não sei o que fazer ou como agir.

- Filho, você está tão grande. - A mulher a frente me abraçou e eu senti as lágrimas molharem meu ombro.

- Eu já sou um homem, Letícia. - Dei um pequeno sorriso.

- Estou vendo. A Jenna cuidou muito bem de você, vejo que é um homem incrível.

- Mamãe Emma também cuidou de mim, devo a minha vida a elas.

- A Emma, é só a Emma - Ela já começou de um jeito errado.

- Emma é a minha mãe, ela é a mulher que eu mais amo na vida. Eu amo minha mãe Jenna, mas eu amo mais a minha mãe Emma. Ela nunca me rejeitou em nenhum momento, me amamentou quando eu ainda era apenas um bebê, e eu nem tinha o sangue dela. Então se você quer ter uma conversa amigável comigo, não tente diminuir nenhuma das minhas mães, muito menos a minha mãe Emma. - Eu não aceitaria ela falando mal da minha mãe.

- Eu sei, me desculpa. Eu só tenho ciúmes da Emma, sei que ela tem seu amor, um amor que eu nunca vou ter.

- Eu estou aqui para conversar com você, eu realmente quero te dar uma segunda chance, vou deixar você se aproximar de mim aos poucos. Todo mundo merece uma segunda chance, e você não é diferente, só que eu tenho que deixar algumas coisas clara.

- Então diz, filho. Eu aceito qualquer coisa.

- Eu não vou deixar as minhas mães e nem meus irmãos, então eu nunca vou morar com você. Mas eu vou abrir meu coração, quero tentar amar você como mãe também, isso vai demorar um pouco, mas vou tentar.

- Não pediria para você deixar elas.

- Mesmo que pedisse, eu nunca deixaria elas e meus irmãos, eles são a minha vida. Outra coisa, eu só vou te dar essa chance, se você fizer alguma coisa errada, nunca mais me procura.

- Eu prometo que vou andar na linha, filho. Eu te amo. - Letícia me abraçou mais uma vez.

Fiquei conversando com a Letícia durante um tempo, e quando foi ficando mais tarde, eu me despedi dela de fui pra casa.

- Oi mãe, cadê o resto da família? - Perguntei assim que vi minha mãe Emma sentada no sofá.

- Sua mãe e seus irmãos foram na casa da sua avó. - Ela deu um tapinha no sofá para eu sentar. - Como foi a conversa com a Letícia?

- De início foi meio estranha, mas depois conversamos numa boa.

- Fico feliz, meu filho. - Minha mãe me abraçou e beijou minha testa.

- Você é a única que não está chateada comigo, me sinto culpado por estar decepcionando todos.

- Nunca vou ficar chateada com você, meu amor. Sua mãe também entendeu, só a Cecília que ainda não caiu em si.

- A Letícia não gosta muito de você, e eu não consigo entender, você é perfeita mãe.

- Acho que ela só tem ciúmes, filho. Quando você era pequeno, você ficava grudado em mim quando ela vinha te visitar.

- Isso não importa mais, eu deixei claro para ela, que eu nunca vou deixar a minha família para ficar com ela. E disse que eu não queria que ela diminuísse a senhora, porque você é a mulher que eu mais amo no mundo, eu amo a mamãe Jenna, mas a senhora sempre vai ser a minha mãe que eu não trocaria por nada. - Eu vi ela sorrir enquanto chorava.

- Eu te amo, meu filho.

- Eu também te amo, mãe. Eu nunca vou conseguir agradecer tudo que a senhora fez por mim. Até quando a mamãe Jenna me rejeitou você ficou comigo, e eu já perdoei ela, sei de tudo que ela passou, mas você foi meu anjo da Guarda. Eu amo vocês duas, um amor inexplicável, vocês são as melhores mães do mundo.

- Ai filho, ouvindo essas palavras eu consigo entende que eu venci como mãe. - Ela enxugou as lágrimas.

- Você e a mamãe Jenna são ótimas mães e eu fico feliz por ter caído de paraquedas nessa família. Mas agora eu tenho que achar um jeito de me desculpar com a Cecília.

- Ai filho, vocês dois tem uma relação de amor de ódio.

Quebrando Barreiras Onde histórias criam vida. Descubra agora