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Jenna

Chegamos em casa, o jantar ocorreu tranquilo, apesar da Cecília não trocar nenhuma palavra com o Arthur.

- Mamães, eu acho que eu gosto de uma garota. - Miguel falou assim sem mais nem menos.

- Que isso, arrasando os corações, maninho. - Cecília falou brincando.

- Filho, você só tem 8 aninhos. - Emma fez carinho no cabelo do nosso filho.

- O que eu devo fazer então? - Ele nos encarou confuso.

- Talvez você goste dela como amiga. Você deve brincar muito, se divertir, e depois quando tiver idade, pode namorar. - Fiz um carinho nele.

- Aproveitando que estão todos juntos, eu queria pedir desculpas por chatear vocês com aquela história. - Arthur pediu.

- Boa noite, vou para o meu quarto. - Cecília falou e saiu.

Assim que ela saiu vi a Emma suspirar.

- Ela vai entender, filho. E está tudo bem você interagir com a Letícia, ela tem seu sangue né. - Dei de ombros.

Eu entendo meu filho, ele sempre gostou de saber os dois lados da história, sempre humilde, doce, carinhoso, e piedoso. Não o julgo por querer ter contato com a Letícia, só espero que ela não magoe ele.

- Eu e sua mãe vamos colocar o Miguel na cama, e você vai lá tentar conversar com a Cecília. - Emma falou se levantando.

Emma e eu pegamos nas mãos do Miguel e fomos para o quarto dele...

CECÍLIA

- Será que eu posso entrar? Só quero conversar. - Ouvi a voz do Arthur.

- Entra Maria florzinha. - Falei e ele sorriu.

- Você nunca vai parar de me chamar assim?

- Não, você é muito florzinha delicada.

- Não me importo de ser chamado assim, mamãe Emma diz que...

- Não precisa virar o filhinho da mamãe agora, só fala o que veio fazer aqui. - Falei firme.

- Eu quero me desculpar, não queria te magoar ou te deixar chateada.

- Eu não estou chateada ou magoada com você. Eu só não quero que você acabe machucado nessa história, essa Letícia sempre fez merda, e se ela fizer de novo, você vai ficar destruído. Eu também não quero perder você.

O Arthur se sentou na minha frente e nossos rostos praticamente colados.

- Você não vai me perder, nem você e nem nossas mães. Eu não trocaria vocês por nada, vocês são meu tudo, e eu já avisei para a Letícia, se ela fizer merda, nunca mais falo com ela. - Encarei a boca dele.

- E você acha que ela vai ficar na linha? - Falei baixo.

- E-eu não sei..

- Se ela te fizer mal, eu acabo com ela. Eu já te vi sofrer muito por causa da história dela, não quero ver mais.

Eu não aguentei e puxei ele para um beijo. Talvez essa está sendo a maior loucura da minha vida, mas essa loucura é tão boa, e tão sensível e frouxa, que nem segurou minha cintura.

- Qual é, eu te agarrei agora, segura pelo menos minha cintura, Florzinha.

Beijei ele novamente, parece que loucura Arthur não acredita que isso está acontecendo, ele tem uma pequena dificuldade para acompanhar o beijo.

- Vai dizer que é BV? - Perguntei afastando nossas bocas.

- Isso não... não deveria ter acontecido!

- Você é Gay por acaso? - Ele me encarou.

- Não sou gay, só que...  Boa noite. - Ele nem terminou de falar e saiu.

Quebrando Barreiras Onde histórias criam vida. Descubra agora