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JENNA

Depois de bastante tempo, Emma e eu saímos do quarto. Nem quero imaginar o que os pais dela estão pensando de mim.

Emma me ajuda a descer pelas escadas, ela ficou cada vez mais atenciosa nesse aspecto, mesmo eu dizendo que consigo descer sozinha, ela insiste em me ajudar e ficar do meu lado.

- Até que fim apareceram, achei que teria que entrar naquele quarto, para salvar a menina Jenna. - A voz da mãe da Emma se fez presente.

- Eu sabia que você iria desvirtuar a menina, Emma. Não quero que você a magoe, ou você irá se ver comigo. - Agora era a voz do Pai.

Eu não sabia se ficava com vergonha deles, ou se me sentia feliz por eles gostarem de mim.

- Essa hora da manhã, e vocês me acusando, eu sou um anjo e não fiz nada com a minha gata garota.

- Myers... Por favor- A repreendi por causa do apelido.

- Não se preocupe menina Jenna, conhecemos a peça, sabemos que ela é uma sem vergonha. - A mãe dela diz.

- Vocês estão me julgando muito. E você Jenna? Deveria defender a sua namorada.

- Namorada? - Meus sogros perguntaram juntos.

- E-eu não queria abusar da confiança de vocês. Então, quero pedir permissão para namorar com a filha de vocês. - Tomei coragem.

- Para com isso sua careta, eu já pedi você em namoro, e você aceitou. -  Emma falou dando uma risada.

- Emma... são seus pais, não quero que pensem que estou abusando.

- De maneira nenhuma, eu nunca pensaria isso de você. E eu apoio muito, e estou feliz por minha filha namorar uma moça direita como você. - O homem fala, e sinto ele me abraçar.

- Eu também super apoio. E chega de papo, é hora do almoço, e eu caprichei.

- Mãe, e o café da manhã? Está cedo para o almoço. - Emma reclama.

- Cedo? São quase duas horas da tarde.

Eu fiquei supresa, não imaginei que Emma e eu demoramos tanto no quarto, passamos a manhã toda nos amando, incrível.

- Então vamos comer, estou morrendo de fome. - Emma praticamente grita.

- Eu até imagino o porquê da fome. - Ouvi a voz da minha sogra

Almoçamos em meio as risadas, conversamos sobre a Emma também, e os pais dela garantiram que ela é essa peça desde pequena.

Coitados dos meus sogros.

Depois que almoço, eu fui para o meu jardim, eu adoro sentir o ar puro que vem dele, adoro sentir minhas flores.

- Um beijo pelo seus pensamento. - Sinto os braços de Emma me abraçar e um beijo suave no meu rosto.

- Eu não estava pensando em nada especial, eu só gosto de ficar assim em silêncio, tentando imaginar as cores das minhas flores, tentando imaginar como elas estão.

- Seu jardim é a segunda coisa mais linda que já vi, a primeira é você. - Ela beija minha boca rapidamente. - Mas eu particularmente prefiro a parte de traz, por causa da piscina.

- Eu gostei muito quando minha mãe decidiu comprar essa casa meio afastada da cidade. Eu sei que fica longe pra ela ir para o trabalho, e para você ir a faculdade, mas eu realmente amo morar aqui.

- Porque gosta tanto do jardim? - Ela se sentou no meu colo me abraçou.

- Eu só gosto de sentar em meio as plantas, e tentar adivinhar como é, qual as cores. Eu gosto do silêncio que esse lugar me traz, as flores eram as coisas que eu mais gostava antes de ficar cega, e eu quis esse lugar, eu imaginei todos os detalhes dele. Antes da minha cegueira, eu queria fazer faculdade de biologia, botânica, lógico.

- Eu te amo. - Ela fala simples.

Quebrando Barreiras Onde histórias criam vida. Descubra agora