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EMMA

Eu nem posso acreditar que tive coragem para dizer tudo aquilo para  Jenna. Mas pelo menos funcionou, ela não está me tratando mal.

Quando Natalie nos deixou sozinhas, ficamos nos beijando por um bom tempo, e o beijo dela é muito viciante, não me canso de ter a boca dela colada na minha.

Depois da nossa tarde, eu ajudei Jenna ir para o quarto, ajudei minha mãe preparar o jantar, já que Natalie faz questão de ter sempre minha família por perto.

- Filha, eu e sua mãe queremos conversar com você. - Meu pai se sentou no sofá ao meu lado.

- Podem dizer. É alguma coisa séria?

- Eu vi como você e a Jenna estavam na piscina. - Fudeo, meu pai viu a gente se beijando.

- Oque o senhor viu, pai? - Me fiz de sonsa.

- Não precisa fingir, seu pai viu vocês duas se atracando dentro da piscina, e eu também vi. - Minha mãe comenta.

- E o que tem demais nisso? Vocês sabem que eu sou lésbica, e eu já namorei uma menina, vocês sabem disso e nunca falaram nada. - Falei com calma.

- Agora é um pouco diferente, filha. A menina Jenna é cega. - Meu pai disse me olhando.

- E o que tem demais nisso? Tem pessoas cegas que namoram, casam e até tem filho. Não entendo porque vocês estão criando caso com isso.

- Não vamos achar ruim se você namorar a menina Jenna. - Minha mãe comentou.

- Então qual é o problema? Não estou entendendo.

- Nós conhecemos você, Emma, conhecemos você e suas galinhagens. Não vamos admitir que você iluda a menina. Ela já sofreu demais, e não merece uma desilusão amorosa.

Eu não estou acreditando, meus pais estão mesmo me chamando de galinha e ainda por cima defendendo a Jenna?!

- Vocês são meus pais, deveriam saber que sou um anjo e que eu não fico iludindo ninguém.

- Exatamente por sermos os seus pais, sabemos como você é. Então pense bem, não vamos aceitar que você faça a pobre menina sofrer.

- Mãe, foi só um beijo. Vocês estão exagerando, não é como se eu tivesse pedindo ela em casamento. E Jenna nem é pobre, muito menos coitada, ela já me irritou bastante e me tratou muito mal.

- Mas, a menina Ortega é um amor comigo e com seu pai. Ela elogia muito a minha comida e adora o jeito que seu pai cuida do jardim.

- Sério mesmo? Vocês vão me trocar por ela? - Fiquei indignada.

- Não estamos trocando ninguém, sua exagerada. Só queremos ter certeza de que você não vai magoar a menina Jenna. - Meu pai disse super sério.

- Eu não vou magoar ela, como eu disse, nós só demos alguns beijos, nem sei se ela vai querer conversar comigo amanhã. Eu ri muito da cara dela hoje.

- É... eu estava percebendo a interação de vocês duas. A senhora Natalie já sabe do seu interesse pela filha dela ?

- Claro que sim, mãe. Inclusive, ela me chama de nora. - Sorri me lembrando da cena na piscina.

- Então eu posso chamar a Jenna de nora também, direitos iguais.

- Vocês que sabe. E só posso dizer que eu e ela somos colegas ou amigas.

- Amigas que se beijam. - Meu pai riu.

- Exatamente isso.

Quebrando Barreiras Onde histórias criam vida. Descubra agora