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EMMA

Três anos, três anos e meio. Os anos foram se arrastando, três anos que Jenna e eu não namoramos. Ela ficou sozinha, aquela crise de adolescente só fez mal pra ela mesmo.

Natalie se mudou da mansão depois daquele dia, meus pais cuidam da casa, a Jenna ficou bem mais fechada do que já era, meus pais que falaram, raramente eu vou na mansão, ou eu estou na faculdade ou estou trabalhando, já estou quase terminando minha faculdade, então estou fazendo estágio.

Durante esse tempo a Natalie vem aqui uma vez no mês e as vezes, nem isso. Jenna conseguiu afastar todos de perto dela, menos meus pais, eles ainda falam dela com o mesmo entusiasmo.

Nesse tempo eu comecei a ficar com uma garota, mas meus pais não gostaram dela, acho que nem eu gostei, só tentei esquecer a Jenna de algum jeito. Mas não adiantou, eu ainda amo aquela mulher, mas ela não arredou os pés do lugar para vir atrás de mim, então eu dexei como estava.

Em alguns meses vou estar formada, e o meu amigo Chris já vai me dar um emprego na clínica que ele abriu.

- Filha, você poderia ir dar uma olhada na Jenna? Ela não está nada bem, não levantou da cama, eu medi a temperatura e ela estava com febre. - Minha mãe entrou no meu quarto.

- Mãe, eu estou me formando em oftalmologia, não sou médica geral.

- Mas não deixa de estudar medicina, por favor filha, eu estou preocupada, iria chamar um médico, mas ela se recusou a chamar qualquer médico.

- E agora eu que lute pra ir ver ela? Vocês são tão bondosos comigo.

- Filha, vai por favor, quem sabe vocês não voltam...

- Mãe, você e o papai precisam entender que eu não namoro mais com a Jenna, ela que quis assim, não eu.

- Você vai ver ela ou não?

- Ta bom mãe, mas eu vou só por causa de você e do papai, eu sei que vocês se importam  com aquela besta.

- Não a chame assim, Emma.

- Eu chamo como eu quiser, e avisa aquela mula que eu já vou examinar ela.

- Ela não sabe que eu pedi pra você ir lá.

- Tanto faz.

Me levantei da cama, e fui tomar um banho, eu tinha chegado da clinica a pouco tempo.

Tomei um banho relaxante, coloquei uma roupa larga, peguei minhas coisas e fui até a mansão, minha mãe já estava me esperando na escada.

- Demorou, Filha. - Olha a audácia dessa velha.

- Eu nem deveria ter vindo.

Caminhamos até o quarto da Jenna, eu conheço aquele caminho como a palma da minha mão, bateu até uma nostalgia de quando subiamos para o quarto nos beijando.

Chegamos em frente a porta e quando minha mãe iria bater na porta, eu abri de uma vez. Realmente a Jenna está doente, nem brigou por termos entrado sem bater.

- Menina Jenna? - Minha mãe chamou.

Caminhamos até a cama, e ela estava enrolada no edredom. O estranho é que está fazendo 30 graus lá fora.

- Jenna? - Chamei.

Quebrando Barreiras Onde histórias criam vida. Descubra agora