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Lauren

Hoje eu saí da escola fui passear no shopping com a Camz, é muito bom ter um tempo com ela quando os meus pais não estão em cima de mim.

- Acho que já está na hora de você entrar. - Camila falou assim que paramos o beijo.

- Vamos comigo, depois você resolve as coisas do seu trabalho. - Pedi fazendo charminho.

- Amor, outro dia eu entro com você...

- Por favorzinho...

- Ta bom, só porque não consigo negar nada pra você.

Pegamos as sacolas no porta-mala e entramos em casa dando de cara com meus pais sentados no sofá.

- Lauren, por que você dispensou o motorista e só chegou agora? - Meu pai perguntou.

- Eu avisei que iria no shopping.

- Mas não falou que ia sair sozinha com a Camila. - Ele revirou os olhos.

- Acho que é melhor eu ir embora. - Camz falou baixo.

Amizade do meu pai com a Camila não estava lá essas coisas desde quando decidimos assumir nosso namoro.

- Eu já estou cansada disso, estão me tratando como uma criança, e tratando a Camz como se fosse uma qualquer. Isso é ridículo, vocês conhecem ela a muitos anos e ficam com essa desconfiança idiota. - Falei brava.

- Por isso mesmo desconfio, conheço bem a peça.

- Eu me recuso a ver vocês falando da Camz como se ela fosse uma pessoa perigosa. Ela é minha namorada, e eu não posso sair sozinha com ela, que vocês começam com essa merda.

- Olha o tom de voz, mocinha. - Minha mãe pediu.

- Se for pra vocês tratarem a Camz assim, é melhor vocês nem falarem comigo. - Peguei as sacolas da mão da minha namorada e dei um selinho nela. - Melhor você ir, amor.

Não esperei ninguém falar nada, subi direto para o meu quarto.

Camila

A Lauren subiu para o quarto e está chateada, conheço aquela carinha de quem vai chorar horrores.

- Já vou pra minha casa. - Avisei dando as costas para o Josh e Natalie.

- Camila, se você estiver levando minha filha para Motéis... - Eu virei rápidamente encarando a Natalie.

- Vocês acham que eu sou oquê? Acham que eu trato a filha de vocês como uma qualquer? - Elevei minha voz, estou chateada.

- Acho que você é a mesma que levava as novinhas para os Moteis, transava e fazia o que queria, e depois sumia. - Josh falou.

- Eu disse que mudei, e você disse que daria uma chance para eu provar isso. Mas parece que vocês me vêem como um monstro que quer fazer mal para a Laur.

- Você não é um monstro, mas já foi filha da puta muitas vezes, e com muitas meninas. - Natalie falou. - O que te impede de fazer a mesma coisa com a nossa filha?

- O meu amor, isso me impede. Eu amo a Lauren, nunca faria nada para magoar ela. Se eu quisesse só transar e cair fora, eu já tinha feito. Tivemos oportunidade de fazer isso, mas eu sempre respeitei ela e vocês. - Eles ficaram calados por alguns minutos.

- Você disse que iria provar que mudou, até agora não vi nada...

- O que vocês querem que eu faça? Eu sempre respeito ela, quando saímos, voltamos no horário que vocês pedem, quando vamos para o quarto é sempre porta aberta, sempre dou satisfação de onde vamos. O que mais vocês querem?

- Quero que você se case com ela. - Natalie falou e Josh e eu arregalamos os olhos.

- Minha filha não vai...

- Eu caso. - Não deixei o Josh terminar de falar. - Quer dizer, ela tem que querer e talvez ela não queira.

- Deixa de ser idiota, isso foi um teste. - Natalie falou e sorriu. - Você aceitou sem pensar, significa que você realmente ama ela.

- Claro que amo, e vocês estão magoando ela com essa desconfiança.

- Tudo bem, eu prometo que não vou ficar no pé de vocês. - Josh falou. - Camila você é minha melhor amiga, por favor não magoe minha filha.

- Prometo que não vou fazer nada errado.

- É bom mesmo, ela é uma menina inocente, melhor ir com calma. - Natalie falou e eu quis rir.

- Toda calma do mundo, prometo.

- Agora vai lá no quarto dela, se conheço bem a minha princesa, ela deve estar chorando. - Josh diz baixo.

Josh pode parecer chato e controlador, mas ele é um excelente pai. É amoroso, atencioso, sempre se esforça para ser o melhor para a Natalie e os filhos.

- Vou lá no quarto e já volto. - Falei meio desconfiada.

Subi devagar até o quarto da Laur, assim que entrei sem bater, ela me olhou.

Eu sabia que ela estava chorando, odeio ver aqueles olhos Verdes cheios de lágrimas.

Fui até ela e abracei seu corpo.

- Pensei que já tinha ido. - Ela falou baixo.

- Eu estava conversando com seus pais. - Me deitei na cama e a Laur se aconchegou mais em mim.

- Eles estão sendo ridículos.

- Amor, não fica brava com eles, só estão tentando te proteger. Eu não era uma pessoa tão boa antes, é normal eles terem dúvidas.

- Mas você mudou.

- Sim, eu mudei por você. - Dei um selinho nela. - Eu te amo.

- Eu também te amo.

- Eu conversei com seus pais, eles não vão ficar mais em cima da gente, vão respeitar nosso espaço.

- Eu só não quero que eles te tratem mal...

- Não vão, acho que tudo vai voltar ao normal agora. - Nos beijamos mais uma vez.

Quebrando Barreiras Onde histórias criam vida. Descubra agora