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ALGUNS ANOS DEPOIS...

EMMA

- Ana Cecília Myers Ortega e Arthur Myers Ortega, o que vocês fizeram com a Kiana e a Claire? - Perguntei vendo as gatas pintadas de canetinha.

Kiana e Claire são nossas gatinhas de estimação. E o que me surpreende é como conseguiram pintar a Kiana... A Claire é calminha e deixaria fácil. Agora a Kiana...

Kiana é algumas manchas brancas, mas o pêlo é mais rajado e os olhos são amarelos. E a Claire é mais branquinha, com algumas rajadas, e olhos azuis.

- Mamãe, a mamãe Jenna deixou a gente colorir a Kiana e a Claire. - Cecília falou inocente.

E apesar dela ter 5 anos, ela é muito esperta.

- Mamãe, eu quelo colo. - Arthur segurou minhas pernas.

Eu me abaixem e peguei ele no colo.

- Cadê a mãe de vocês?

- Ela está com a vovó na cozinha.- Cecília me respondeu. - O Arthur é bobão, ele é fraquinho, só quer o colinho da mamãe. - Ela aproveitou para zombar do irmão.

- Eu não, não sou bobão. - Ele respondeu com a voz manhosa.

Arthur é assim, ele é mais atencioso carinhoso, e carente. Já a Cecília é arteira e adora rir do irmão.

- Cecília, eu já falei para você não tratar seu irmão assim, nós não te ensinamos isso. - A repreendi.

- Ela saiu puxando você, Emma. Pelo menos no gênio ruim. - Ouvi a voz da minha mãe e olhei em direção a ela, e vi que a Jenna vinha junto com ela.

- Amor, a Cecília e o Arthur pintaram a kiana e a Claire de canetinha, e ela disse que você deixou. - Falei e logo encarei minha filha.

- O que? Mas eu não falei isso, eles pediram para desenhar, ai eu disse que poderiam pegar algumas folhas em branco e desenhar. - Jenna falou incrédula.

- Mamãe, eu não colori a Kiana e a Claire, só a Cecília. - O Arthur falou baixo no meu ouvido.

- Que fofoqueiro, depois eu te pego. - Cecília fez sinal se um soco com a mão, insinuando que iria bater nele.

Essa menina está terrível, nem parece que tem 5 anos.

- Cecília, não é certo o que você fez. As gatas tinham acabado de voltar do Petshop, agora vão ter que ir pra lá de novo.

- Desculpa mamãe, não vou mais fazer isso. - Ela abaixou a cabeça.

- Tudo bem, filha. Mas não faça mais isso, foi errado. - Falei seria.

- E você está de castigo, sem sorvete depois do jantar. Você mentiu para sua mãe Emma, e ainda disse que eu tinha te dado permissão para fazer uma coisa, que eu não dei permissão. - Jenna falou séria.

- Desculpa mamãe Jenna, desculpa mamãe Emma. - Ela falou baixo.

- Vem cá, filha. - Jenna chamou e ela foi para o colo. - Bom, você sabe que a mamãe não gosta de te castigar, mas faço isso pra você não aprender o errado. Não fique triste, a mamãe te ama. - Jenna deu um beijo na testa da nossa filha.

- Agora que está tudo certo, acho que vocês podem tomar um banho de piscina. - Falei e vi meus filhos se animarem.

- Amor, a Letícia está aqui para a visita. - Jenna falou.

- Cecília, vai indo com a vovó. Agorinha a mamãe e o Arthur vai brincar com você na piscina. - Falei e ela seguiu minha mãe.

Suspirei e segui para a sala com o Arthur nos meus braços, ele geralmente era assim, ou nos meus braços ou nos da Jenna.

- Filho, que saudade. - Letícia falou e o Arthur nem deu bola. - Vem com a mamãe.

Ela tentou pegar o Arthur do meu colo mas ele começou a chorar, de um tempo pra cá está assim, não quer sair do meu colo.

- Mamãe, eu não quelo ela. - Ele falou pra mim.

- Meu amor, ela também é sua mãe, e veio te ver. Vai com ela um pouco, e a mamãe promete que fica aqui com você. - Falei passando a mão nos cabelos dele

- Não quelo, mamãe. - Ele voltou a chorar agarrado a mim.

- Desculpa por isso Letícia, você viu que não tentei impedir a relação de vocês, ele que não quer ir. - Falei enquanto observei a Jenna sentada no sofá, quieta ouvindo a conversa.

- Certo. Vou embora, e volto outro dia. - Ela veio até o Arthur e beijou o cabelo dele. - Tchau filho, a mamãe te ama.

Ela foi embora, com o semblante triste, eu não pude fazer nada, isso é consequência dos atos dela.

Quebrando Barreiras Onde histórias criam vida. Descubra agora