Carla
Abro o olho e vejo um homem de vermelho a minha frente, não entendo nada, mas fecho o olho rapidamente. Depois abro novamente e olho ao redor vários aparelhos em um espaço pequeno e branco, meu Deus o que aconteceu, tento levantar, mas sinto meu braço doer quando me encosto nele fazendo força pra sentar.
C: onde eu tô? (Pergunto com a voz arrastada)
E: oi, você está numa ambulância, seu carro bateu num poste e agora vamos te levar ao hospital pra ver o grau de seus ferimentos. Você lembra seu nome? (Minha cabeça dói a cada palavra que ele diz)
C: Carla... Carla Diaz
E: ótimo Carla, sabe de onde você vinha ou para onde ia?
C: da casa do meu namorado e estava indo para a minha casa... (por alguns segundos penso no Arthur) eu preciso... preciso falar com ele
E: a gente já ligou pra ele, ele está a caminho do hospital (Fala quando já estamos saindo da ambulância e entramos no hospital)Dali por diante ele me leva algumas salas para fazer exames, o médico vem ao meu encontro e diz que está tudo bem, foi só um susto e fora alguns ferimentos superficiais por causa do vidro do carro que se estraçalhou, não aconteceu nada de tão grave. Sinto um alívio e ao mesmo tempo me preocupo, minha mãe, o Arthur, devem estar preocupados comigo. Será que já foi pra mídia? Aí meu Deus!!!
Alguns minutos se passam e o médico me leva para o quarto, eu fico algum tempo sozinha, fecho o olho e lembro do acidente, lembro de como eu tava feliz e sobre como eu estava me sentindo amada, tudo poderia ter acabado ali, eu ainda nem tinha dito eu te amo pro Arthur e poderia ter ido dessa pra melhor sem ouvir ele dizer o mesmo.
A verdade é que a gente subestima demais a nossa vida, até passar por algo que nos faça lembrar que nós somos passageiros, podemos não existir mais a qualquer segundo. Escuto a porta sendo aberta e viro o rosto no sentido dela e lá estava ele, com os olhinhos marejados, o rosto parecia estar aliviado de me ver, ele sorri e corre até mim, me abraçando com todo cuidado.
A: oi minha linda (Ele me dá um selinho demorado) nossa, que bom que você tá bem, tá aqui (ele desliza as mãos com cuidado sobre meu rosto) eu tive tanto medo, quando... quando ligaram pra mim, eu achei que você... (começa a chorar)
C: ei, calma eu tô aqui amor! (Ergo seu rosto que estava em meu pescoço) não aconteceu nada demais, eu tô bem! (Dou um selinho nele)
A: ta bem mesmo? Não tem nada doendo?
C: tô bem mesmo, só com uma dorzinha leve no meu braço esquerdo, o médico falou que logo passa.
A: eu tive tanto medo de perder você (me beija com delicadeza e eu retribuo) eu te amo tanto minha vida, tanto! (Me beija de novo e eu só queria parar o mundo bem nessa hora)
C: eu te amo demais lindo. Eu neguei esse sentimento por muito tempo, eu quis sufocar ele, mas se tem uma coisa que eu pensei depois desse susto, foi em encontrar você e dizer olhando bem dentro desses seu olhos lindos, que eu amo você, amo tudo em você, amo cada pedacinho seu e vou dizer isso pra sempre (Ele me beija, agora com um pouco mais de intensidade que antes o que gera um pouquinho de desconforto e me mais gemer de dor)
A: o que foi? Machucou?
C: só um pouquinho. Mas tá tudo bem, vem continua (e volto a beijar ele)
A: eu quero te pedir uma coisa
C: a gente namora a um dia Arthur, eu não vou casar com você amanhã (brinco e ele gargalha)
A: nãoooo? Pensei que você me amasse Carla Diaz (se faz de ofendido) era tudo fake news?
C: humhum (Balanço a cabeça em negativa)
A: mas o pedido, era só sobre eu cuidar de você (me olha suplicando)
C: ah, mas isso aí eu aceito com muito prazer. Doutor Daniel disse que eu posso ir pra casa, não tive nenhum sangramento, nem um ferimento grave, nada de rupturas, então eu posso ir embora já.
A: ah é? Então vamos pra minha casa, não quero você fazendo viagens longas
C: e daqui pra São Paulo é viagem desde quando?
A: é uma 1h20 amor, você ainda nem saiu do hospital direito. E aí? Vamos?
C: vamos, mas eu preciso avisar minha mãe.
A: iiiii eu vou ter que ver minha sogra é?
C: vai, seu bobo. Pega meu celular ali!Ele vai e pega e eu ligo pra minha mãe, que atende super chorona e preocupada, mas eu a tranquilizo, falo que não foi nada demais e que vou pra casa do Arthur, ela diz que precisamos conversar e me manda ver as redes sociais.
C: você viu o instragam como tá? (Pergunto olhando pra ele dentro do carro quando já estamos indo pra casa dele)
A: não, não tive cabeça. Mas imaginei que esteja um alvoroço, porque tinha jornalistas na porta quando cheguei.E estava tudo um caos mesmo, alguns igs noticiaram meu acidente, outros falavam sobre ter sido em Campinas e ligavam isso ao fato do Arthur morar aqui, outros diziam que ele estava no hospital comigo e que isso era indícios de uma volta. O Leo Dias dizendo que amigos próximos confirmaram para ele que estávamos juntos a uma semana já e com esse eu ri horrores, primeiro porque não tinha nem três dias que estamos juntos, segundo porque quase ninguém sabe ainda, nem mesmo a Pocah, porque eu não liguei ainda pra ela.
Meu celular estava uma loucura mensagens de todos os cantos, então resolvo gravar stories e tranquilizar todo mundo. Gravo dentro do carro mesmo, falo sobre o acidente, sobre como já estou bem e de alta e por fim falo que sobre a minha vida pessoal, continuo com o mesmo pensamento, o que eu e qualquer outra pessoa fazemos não é da conta de ninguém, minha vida não é um reality show, então não adiantava ninguém falar nada, o que prevaleceria seria a minha vontade e da outra pessoa e ponto. Falo isso porque já vi um monte de gente atacando o Arthur, inclusive pessoas que se dizem meus fãs.
A: prontinho linda, já está bem deitadinha, agora me diga o que mais o seu enfermeiro pode fazer? (Fala quando eu já estou na cama dele)
C: pode me dizer porque ficou tão calado desde quando eu gravei os stories (Ele se fechou do nada e não falou mais nada)
A: não era nada amor
C: A R T H U! (Faço questão de dar ênfase)
A: a gente não vai assumir que tá junto?
C: sabia que tinha algo aí (Ele desvia o olhar) ei, olha pra mim (Ele o faz) a gente não vai se esconder, se é isso que você quer saber, mas ainda não acho que seja o momento pra falar sobre a gente, o que você acha?
A: que você tá com medo de me assumir!Oie pessoas, voltei hein?!
Xiiiii acho que deu ruim... ou não, vamos ver o que vai acontecer no próximo.
Me digam aí o que acham que minha filha vai responder?
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Flechada Certeira 2 - one shots
Fanfictioncontinuação da one shots- flechada certeira