Arthur
Todo esse dia já mexeu muito comigo, saber que agora a Flora tem meu sobrenome, é oficialmente minha filha, não apenas me emocionou, mas me fez o homem mais feliz do mundo. Quando a Flora pediu a primeira vez pra eu dormir na casa dela com a mãe, meu coração pulsou e por alguns segundos eu pensei que seria a melhor coisa do mundo, mas aí lembrei que a mãe dela poderia não se sentir bem com essa situação e tentei negar de todas as formas.
Entretanto a pequena tem fortes argumentos e como a Carla cria ela, digo apenas ela a cria, porque ainda estou me adaptando a tudo isso. Mas pelo que Carla me explicou a educação dela funciona de forma respeitosa, isso implica em validar ps sentimentos dela, o que faz, ela mesmo sendo bem pequena já se impor muito bem e argumentar melhor ainda.
Voltando ao seu pedido, não houve como recusar. Agora estou aqui, deitado em seu cama, com ela esparramada sobre meu peito, assim como sua mãe ficava. Aliás, essa pequena pode até ser igual a mim, mas o gênio, a esperteza, a alegria e todo o jeitinho ela puxou tudo da mãe.
Fico com sede e resolvo ir até a cozinha pegar um copo de água. Ajeito a pequena na cama e saio. Eu tirei a camisa, porque estava com calor e por ser tarde e eu acreditar que Carla estava dormindo, acabei saindo só de shorts mesmo. Tomo minhaa água, dou a volta no balcão da cozinha e saio pra área externa que fica logo depois da cozinha, sento em das poltronas que tinha ali e fico pensando em tudo que tenho vivido esses últimos meses.
Aos poucos sinto o cheiro dela, que também está por toda a casa, preencher todo o ambiente em que estou. Sinto um arrepio e meu coração acelera. E só depois escuto sua voz calma e serena, que desperta cada uma das partes do meu corpo.
Carla: não conseguiu dormir?
Viro e ela tá encostada no balcão, de pijama, com o cabelo bagunçado e sem maquiagem, linda... respiro fundo pra tentar conter a vontade que eu tô de pegar ela no colo e dormir com ela esparramada em meu peito assim como nossa filha estava agora a pouco.
Arthur: mais ou menos, levantei pra pegar uma água (Falo a olhando fixamente) espero que não seja incômodo (me levanto e caminho em sua direção)
Carla: incômodo nenhum! (Ela está nervosa) bom, acho que vou deitar (eu coloco o copo em cima do balcão em que ela estava encostada, deixando que minha mão deslize devagar pela lateral no braço dela na volta) Arthú (ela fala de forma calma e me olhando)
Arthur: me diz que é muito errado fazer o que eu tô pensando agora (continuamos nos olhando, mas por alguns segundos ela desvia e depois volta a me olhar)
Carla: é- e- e o que você tá pensando em fazer? (Ela fala gaguejando e eu sorrio)
Arthur: tem certeza que você não faz ideia? (Coloco uma mecha de seu cabelo atrás da orelha direita)
Carla: e a Flora?
Arthur: ta dormindo! (Olho pra ela e sorrio, parecemos dois adolescentes, sem saber o que fazer)
Carla: você sabe que não vamos poder voltar atrás né? (Ela fala nervosa, mas coloca as mãos em meus ombros, o que faz ter certeza que ela também quer)
Arthur: eu sei e não estou preocupado com isso (Beijo seu pescoço e ela se encolhe)
Carla: eu não quero ceder as nossas vontades e amanhã você me dizer fez o que fez só por impulso (os olhos dela marejam e eu recuo, me afastando dela) boa noite (ela vira pra sair e ir pro quarto novamente)
Arthur: espera, não foi impulso. (Ela se vira de novo pra mim e fica apenas me olhando) o selinho, da outra vez, não foi impulso (Começo a me aproximar novamente) eu queria, na verdade eu queria muito mais que só um selinho, mas eu tive medo (Falo com nossos rostos a centímetros um do outro, tão perto que consigo sentir sua respiração)
Carla: medo de que? (Ela fala e eu me seguro pra não beijar ela de uma vez)
Flora: papai?!De repente toda a névoa de sedução que estávamos envoltos se dissipa e quando eu olho por cima do ombro da Carla, Flora estava em pé, na frente da porta do seu quarto que da de frente pra cozinha, eu gelei, mas Carla responde.
Carla: oi minha vida! (Fala pra pequena) eu vou ficar com ela, respira e vai lá depois! (Ela me olha e eu fico sem entender nada, até que ela aponta pra baixo e aí eu entendo tudo)
Arthur: desculpa!
Carla: o banheiro fica ali do lado, agora eu vou lá!Ela me dá um beijo no canto da boca e sai indo encontrar minha filha, eu fico com vontade de mais dela e ao mesmo tempo com vergonha de tudo.
Oie pessoas, voltei hein. Tinha sumido pq estava passando por um luto, mas já estou de volta.
Batemos na trave hein, será que dá próxima vez vem aí?
Não sintam raiva da Flora, lembrem que ela é apenas um bebê!
Meta: 80 comentários e eu tô de volta.
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Flechada Certeira 2 - one shots
Fiksi Penggemarcontinuação da one shots- flechada certeira