Outra Realidade - 08

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Carla

Acordei feliz, apesar de estar super nervosa também, minha filha vai finalmente conhecer o pai dela e não para de falar nisso, inclusive. Ela acordou radiante, saiu falando pra todo mundo que ia conhecer o papai hoje, eu não sabia que precisava ver ela se apaixonar pelo pai dela, até ver e é a melhor sensação do mundo, mesmo que as coisas entre eu e éle não mudem nunca, só de saber que ela estará assim, feliz, completamente feliz, já me deixa feliz também.

Chegamos em sua escola e vejo a irmã dele com o menininho que ele geralmente vem deixar, sinto uma pequena frustração de saber que não foi ele que veio, minha filha corre e abraça o primo, mesmo sem saber que eles são primos, eles são muito apegados um ao outro. A irmã dele os observa chocada, com certeza já percebeu a semelhança da minha filha com o irmão dela.

Carla: Flora não corre assim amor!
Flora: mamãe dicupa, fala pla o Mateux que a Flola vai cunhecê o papai hoxe, vai!
Carla: é amor, o papai vai te conhecer hoje. Oi Mateus!
Mateus: oi tia inda, exa é mia mamãe! (Ele fala apontando pra mãe dele) o papai num veio hoxe.
Dani: oi Carla, quanto tempo (nos abraçamos) ela é mesmo a cara dele, não sei como ele não reconheceu antes (Fala quando nossos filhos já estão entrando junto com a professora deles na sala)
Carla: ele nunca viu ela, vai ver hoje. Agora vou indo, tenho muito o que preparar antes de voltar pra pegar a Flora. Bom te ver.
Dani: nos veremos bastante agora (meu coração se alegra por isso)

Eu sempre gostei muito da família do Arthur, com o tempo e com nossos desencontros nossa família acabou se envolvendo na briga e hoje já não conversamos mais, mas ainda tenho carinho por eles e agora que de fato convivermos em algum grau, não existe mais espaço para raiva.

Volto pra casa e as gora passam tão rápido, cada minuto que corre eu sinto meu coração acelerar um pouco mais. Eu sei que elevai vir aqui por ela só, mas eu fixo nervosa como se fosse um encontro nosso. Já peguei a Flora, trouxe pra cada, deu almoço, um banho, coloquei seu vestido preferido, fiz um penteado que ela escolheu e fizemos um bolo de chocolate juntas que ela pediu pra comer junto com o papai.

De repente a campainha toca e meus pés vacilam.

Flora: vai mamãe, abe a pouta, é o meu papai!

Saio em disparada até a porta e assim que abro meu coração erra as batidas ao ver ele ali com um buquê e um urso nas mãos.

Arthur

Carla abre a porta e meu coração pulsa, forte, feliz, radiante. Olho pra ela e sorrio, ela me dá passagem e eu entro na sala dela, procuro a pequena e a vejo sentadinha no sofá, com um vestidinho rosa, um tênis branco, toda linda sorrindo pra mim e alternando o olhar entre mim e a mãe dela.

Caminhamos devagar até ela e quando tanto eu quanto a Carla estamos de frente pra ela, ela diz:

Flora: exe é o meu papai? (Ela fala olhando pra mãe e apontando pra mim e meus olhos marejam)
Carla: sim meu amor, esse é o Arthur, seu papai!

Me abaixo ficando de sua altura e ela parece me analisar, coloco o buquê e o urso sobre o sofá e fico entregue a suas mãozinhas acariciando meu rosto, como quem reconhecia cada parte de mim.

Arthur: oi minha vida! (Falo com a voz falhando)
Flora: a Flola pode da ablacinho? (Ela fala com a mãe e depois olha pra mim)
Carla: pergunta pro seu papai amor!
Flora: a Flola pode?
Arthur: pode sim princesa (ela se joga em meus braços e eu a aperto, tanto, distribuo beijinhos nela e depois me sento com ela em meu colo no sofá)
Flora: a Flola amou o papai mamãe! (Ela sempre busca o olhar e a aprovação da mãe eu já tô apaixonado pela minha pequena)
Carla: ah foi?! Que bom amor, mamãe vai deixar vocês aí se conhecendo e vai lá no quarto tá bom? (Ela segura a mão da mãe)
Flora: não mamãe, a Flola que voxe aqui, xumtim, cum a Flola e o papai!
Carla: minha vidinha, hoje é seu dia com o papai (ela fala olhando pra pequena e depois pra mim)
Arthur: fica Ca, hoje é um dia importante (Falo e ela me olha por algum tempo antes de sentar ao nosso lado) olha só o que o papai trouxe pra você minha menininha (Pego o buquê e o urso e lhe mostro)
Flora: floles? A Flola ama floles, a mamãe tamém, xabia papai, ela dosta de floles amalelas (ela fala e eu fico nervoso)
Arthur: o papai sabia sim amor!

Ficamos juntinhos um tempão conversando sobre tudo, a Flora é bem falante e conta tudo que ela gosta. E por enquanto tudo que sei é que ela ama a Rapunzel, sua cor preferida é amarelo, ela ama vestidos e é apaixonada por cachorros, também gosta de jogar futebol e jogar videogame, é uma molequinha e ao mesmo tempo é super vaidosa.

As horas passam tão rápido que eu nem percebo que a noite chegou, tentei sair antes do jantar e voltar pra casa, mas a Flora pediu pra eu ficar e como todo pai apaixonado que sou, eu fiquei, até que chegou a hora de dormir e ela me pediu pra contar a história da rapunzel que a mãe dela disse que ela já sabe de cor.

Estamos deitados em sua cama que é no chão e enorme, maior que a minha, ela deitada em meu peito e eu cantando a história, como sei.

Carla: acho que alguém dormiu! (Ela volta já de pijama e tão linda, concentra Arthur)
Arthur: então chegou a hora do papai ir embora. (Falo já tirando a pequena com calma do meu colo, dou impulso beijo em sua testa e me levanto)
Carla: obrigada por tudo, você fez tudo ser tão leve e minha filha tava tão feliz. (Ela fala enquanto caminhamos até a porta)
Arthur: eu tô apaixonado por ela! (Falo sorrindo e ela sorri de volta)
Carla: ela é apaixonante mesmo.
Arthur: você sabe que agora eu vou querer isso pra sempre né? (Ela desvia o olhar)
Carla: eu sei, a gente combina os dias pra você ver ela.
Arthur: eu não quero só ver ela. Eu quero ela comigo (percebo que ela fica nervosa) calma, eu não vou tomar ela de você, mas eu quero que ela vá pra conduru, quero apresentar ela para os meus pais, quero que as pessoas saibam que eu tenho uma filha...
Carla: Arthú,  eu não quero que ela seja exposta.
Arthur: nem eu, e não tô pedindo pra gente postar ela, mas eu quero poder dizer que ei a tenho, por favor! (Suplico e fico tão perto dela que perco o ar)
Carla: tá, a gente vê isso depois.
Arthur: até mais!
Carla: até!

Como num impulso e não sei porque motivo, vou me despedir e dou um selinho nela, depois saio sem saber como ela ficou, mas com meu coração na boca.














Oie pessoas, voltei com o próximo. Acho que esse é o último de hoje, não tão bem agora (não por causa de ninguém, coisa minha) e talvez não consiga escrever... mas amanhã volto com mais!

Mas lembrem que amanhã eu só posto se tiverem batido a meta!

Meta: 50 comentários e eu volto!

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Flechada Certeira 2 - one shotsOnde histórias criam vida. Descubra agora