Cirurgia - 04

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Oie meu povo, tenham paciência com essa autora aqui, que a vida real tá tando um pau nela...

Me digam ai o que acharam desse?

Meta: 60 comentários e eu volto!

Comentem!

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Arthur

A última coisa que lembro, é de chegar ao hospital sentindo a pior dor do mundo, pelo menos a pior que eu já senti. Fazemos todos os procedimentos iniciais e o médico que faria minha cirurgia entra na sala, deixando claro que agora não há mais escolha, eu preciso fazer a cirurgia e tem que ser agora.

Meu coração se aperta, eu adiei todos os dias que consegui, porque no fundo, sinto que não serei mais o mesmo e essa sensação é terrível. Como a cirurgia seria feita no meu ombro, a anestesia foi geral pra que eu não visse nada que eles estavam fazendo.

De repente sinto um toque familiar, um toque que me acende, que me desperta, aos poucos sinto o choque que sempre me invadiu percorrer toda a superfície da minha pele, ainda que apenas meu rosto estivesse sendo tocado. Sorrio, é involuntário, e sorrindo escuto sua voz me chamando, em desespero e ao mesmo tempo, suave.

Carla: se você soubesse o quanto eu fiquei apavorada quando vi aquele seu storie, falando sobre os ligamentos e como eles se perderam de tantas vezes que seu ombro foi deslocado (ela fala ainda me tocando e eu percebo quando sua voz embarga) fiquei ainda mais quando vi a notícia de que você veio pra cá as pressas, meu coração se apertou de um jeito que eu achei que não fosse capaz (me mexo e ela percebe que eu tô acordado) Arthú? (Fala e aperta minha mão) ei, eu sei que você acordou! Ou será que foi apenas um reflexo? (Fala como se estivesse pensando alto) lindo (ai meu coração) é acho que não acordou

Sinto seu toque uma última vez e percebo que parou, acho que ela tava se afastando porque ouço passos e então abro os olhos e vejo ela de braços cruzados, com cara de brava, ainda do meu lado e me observando.

Carla: você é um safado garoto!
Arthur: garoto é sacanagem! (Sorrio pra ela)
Carla: você (aponta o dedo pra mim) não tinha esse direito (vem pra cima de mim)
Arthur: não põe a mão na minha cara (ouso me levantar, mas dói e muito) aaai
Carla: ARTHÚ! PARECE CRIANÇA! FICA QUIETO!
Arthur: aiiii, para. Vem aqui (estico meu braço esquerdo pra ela e ela recua)
Carla: não, fica quieto ai. Vou avisar sua mãe que você acordou! (E vai se afastando)
Arthur: e você não vai me dar nem um abraço? Eu poderia ter morri... (ela corre até mim e tapa minha boca ficado bem de frente pra mim, seu rosto a pouco centímetros do meu)
Carla: para de falar besteira! Quanto ao seu abraço, ainda não é o momento pra isso. Fico feliz que deu tudo certo na sua cirurgia, mas acho melhor eu ir (ela se levanta e vira, mas eu seguro sua mão a prendendo ali)
Arthur: para com isso linda (ela abre a boca pra falar, mas se cala) você tá aqui, você veio por algo, e não adianta dizer que essa sua preocupação ai é normal, porque não é, ou você iria fazer o mesmo por qualquer um dos seus outros ex?
Carla: não (sussurra)
Arthur: não ouvi
Carla: não, eu não faria, porque eu não sinto nada por nenhum outro ex meu (sorrio, um sorriso que vai crescendo e a observo)
Arthur: ah então você admite? (Faço um carinho leve em sua mão, ela desvia o olhar para as nossas mãos juntas e depois me olha de novo)
Carla: admite o que?
Arthur: que ainda sente algo por mim (ela puxa a mão dela da minha de uma vez)
Carla: eu não admiti nada! Vou avisar sua mãe.

Ela sai e eu fico que nem bobo sorrinso, sabendo que ela pode até negar, mas ela sente algo, eu sei que sente. Alguns minutos ela volta com minha mãe, de braços dados e sorrindo, as duas, pareciam velhas amigas. Minha mãe se aproxima da cama e ela fica no canto.

Converso com minha mãe, mas não tiro os olhos dela, queria saber o que se passa na cabeça dela, queria saber o que ela sente, queria que fosse o mesmo que eu sinto. Eu passei tempo demais fingindo que eu não queria ela e não me serviu de nada e agora ela tá aqui e eu mal acredito nisso.

Carla: bom, eu vou indo, preciso estar presente em um evento agora a noite (fala direcionado a mim)
Arthur: mas já? (Minha mãe saiu do quarto e estamos sozinhos)
Carla: eu preciso mesmo ir (fala malhosa)
Arthur: mas você volta? (Pergunto ainda mais manhoso que ela)
Carla: não sei, você quer? (Ela se aproxima de mim e eu estendo a mão pra ela e ela pega)
Arthur: claro que eu quero! (Levo sua mão até minha boca e deixo um beijo calmo ali)
Carla: então eu vou pensar em seu caso (ela pisca pra mim)
Arthur: pensa com carinho! (Pisco de volta)
Carla: beijo garoto, se cuida!

Fala se despedido, sorri e sai e eu fico atordoado sentindo seu cheiro, sentindo meu corpo arrepiando, meu coração se enchendo novamente, ela voltou, voltou por mim.

Flechada Certeira 2 - one shotsOnde histórias criam vida. Descubra agora