Oie pessoas, voltei... e ai? Será que minha filha voltou pra visitar meu filho?
Esse ficou grandinho até, me valorizem!
Meta: 60 comentários e eu volto! E eu garanto que vai valer a pena...
Comentem!
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Carla
Eu sai do hospital, mas meu coração ficou por lá mesmo, ainda estou muito preocupada com ele, mas eu preciso ir a um evento hoje e amanhã tenho várias gravações também. Ele tá bem, acordou super bem, sem grandes complicações por enquanto, a médica só disse que ele tinha que tomar os remédios direitinho e que sentiria desconforto ao mexer o braço por umas duas semanas, fora isso, vida normal, dentro do possível.
Mas e se ele esquecer de tomar os remédios? A mãe dele lembra Carla. Tenho que lembrar que ele não é mais nada meu, eu não preciso ficar em função dele o tempo todo e é isso que faço, me concentro nas minhas coisas, chego em casa, me arrumo com minha equipe e saio pro meu evento.
Posto já lá no evento, não posto tanto, só alguns clicks dos batidores, algumas fotos com pessoas que encontrei por lá e uma foto do meu look, o que me traz uma certa reação que me faz sorri que nem uma boba.
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Direct on
Arthur: nossa Carla! 🤤🙊 Carla: que foi garoto? Arthur: tá linda demais, linda ainda é pouco 🥵🥵🥵 (o que ele acha que tá fazendo?) Carla: para de graça! Arthur: só tô falando a verdade! Carla: obrigada!
Direct off
E por alguns minutos para por ai, fico esperando resposta, mas não vem. Então volto ao meu evento, que não demora muito e acaba, volto pro hotel e antes de dormir, tomo um banho, coloco meu pijama que me lembra muitas coisas, ligo a tv em um série da Netflix que eu tô amando muito e checo meu celular de novo.
Como meu celular entrou em modo silencioso, por passar das 23h, ele não me notificou e eu acabei não vendo as mensagens mais dele e sorrio quando percebo que em relação a drama, nada mudou, ele continua sendo o meu dramático favorito. Canceriano né?!?
Direct on
Arthur: e ai como está o tal evento? ... Tava pensando que você podia vir aqui né? .... amanhã eu vou ter alta e ai vai ficar longe ... ah, tá bom então, eu entendi ... não somos amigos né? ... eu tô sendo invasivo, desculpa ... não vou mais te perturbar...
Direct off
E encerra ai. Gargalho com o tamanho do drama e resolvo não responder hoje, só tem 20min da última mensagem, vai que ele ainda tá acordado, não quero estender nossa conversa hoje, porque não pretendo ir ver ele mais, não no hospital pelo menos, ele falou que amanhã mesmo terá alta, então quando ele estiver em casa, quem sabe?!
Acordo, desço pra tomar café no restaurante do hotel, depois já teria uma manhã de muitas gravações em uma empresa parceira aqui em Sp. Passo toda a manhã em função disso, almoço e logo estou voltando pra Jundiaí. Coloco uma playlist aleatória e quando toca uma música que me fez lembrar aquele garoto, resolvo que tá na hora de responder ele, estaciono na minha garagem, pelo o celular e a mala que levei pra Sp e vou entrando no meio da bagunça da minha obra e digitando.
Direct on
Carla: quanto drama canceriano, eu não vi suas mensagens e quando vi tava muito tarde, por isso não respondi antes. Mas respondendo a sua pergunta, o evento foi maravilhoso.
Envio e fico aguardando, mas ele não me responde imediatamente, então subo pro meu quarto, tomo uma banho que dura um tempão, já que resolvi descansar na banheira, quando saio, vejo notificação dele e já respondo logo.
Arthur: ah, desculpa ai por ontem. Que bom que o evento foi bom. (Ele parece distante) Carla: e você, eu vi que você disse que teria alta hoje, já está em casa? Arthur: já sim, cheguei a tarde. Carla: hum, que bom! Se cuida garoto! Arthur: obrigada! Vou cuidar.
Direct off
E é isso, paramos aqui. Achei frio, achei distante. Mas também o que eu tava esperando? A gente não tem nada, não tem porque ter nada diferente que isso.
Alguns dias depois...
Depois disso, sigo vivendo minha vida como se eu não tivesse pensando nele o tempo todo, como se meu coração não pedisse por ele toda hora, como se eu não estivesse louca pra ir até sua casa e ter certeza que ele tá se cuidando mesno, porque em se tratando dele, nunca dá pra ter certeza.
Sai pra resolver umas coisas da minha obra, comprar materiais, aprovar projetos, ai menina, esse negócio de obra não acaba nunca. Recebo uma ligação que me deixa intrigada, ela nunca me ligaria, ligaria?
Ligação on
Carla: alô?! Beatriz: oi minha filha, como você tá? Carla: tô bem dona Beatriz e a senhora? Beatriz: eu tô ótima. Meu menino que não tá (meu coração já se aperta aqui) Carla: e o que foi? Beatriz: bom, eu voltei pra casa ontem, já passou as duas semanas de cuidados mais intensos, agora a médica falou que ele só precisa tomar alguns pequenos cuidados e fazer fisioterapia, mas ontem, ele foi tomar banho e ergueu o braço direito de uma forma um tanto brusca pra pegar a toalha e acabou tendo uma nova lesão, não distorceu, mas o local ainda não tá recuperado né? E ai acabou indo ao hospital de novo, disse que não foi nada demais, que não era eu me preocupar e que as recomendações ainda eram as mesmas.
Escuto tudo com meu coração na boca, eu sabia que algo estava errado, ontem eu dormi alguns minutos no sofá, antes de ir pra cama e acordei sentindo um calafrio estranho, meu coração palpitando e parecendo que ia sair pela boca, chequei como minha família estava e tudo bem, então fui dormir novamente, assumindo que era apenas um susto por ter acordado de uma vez.
Beatriz: Carlinha? (Pergunta por conta da demora que levo pra responder) Carla: hum, oi? E a senhora quer que eu faça algo? Beatriz: se não for pedir muito, só queria que você fosse até a cada dele e checasse se está mesmo tudo bem, só pra eu ficar em paz, sabe? Carla: hum, eu imagino que esteja preocupada mesmo! Eu posso ir lá ver, mas vou ter que falar com ele pra liberar minha entrada (fico nervosa) Beatriz: e isso seria um problema? Porque se for, eu peço pro seu Antônio liberar aqui. Mas você ainda vai precisar tocar a campainha! Carla: libera minha entrada e deixa o resto comigo dona Bea. Beatriz: obrigada minha filha, de verdade! Me conta o que descobrir, beijo! Carla: bexooo!
Ligação off
E é isso galera, daqui a poucos minutos eu vou estar no mesmo ambiente que ele de novo, sem ninguém por perto. Ai meu Deus, essa é uma péssima ideia, não é? Calma Carla Diaz, também não é um bicho. Respiro fundo e pego a avenida principal pra sair de Jundiaí, e em poucos minutos estou de frente a casa dele, criando coragem pra tocar a campainha.
Toco e ele atende em alguns segundos, de shorts de pijama, descalço, a cara inchada e de tipoia, em alguns segundos sou transportada pra uma outra realidade, uma realidade tão nossa, ele me olha sem entender nadae assim ficamos por longos minutos, nos encarando e sem dizer nada um ao outro.
