Arthur
Tá, eu posso estar sendo precipitado, mas eu preciso ligar pra ela. Ver ela, saber que ela tava ali na minha frente e eu não pude falar nada porque meu filho estava entre nós, me deixou pensativo. Cheguei em casa, a Dani não está aqui, então subur, tomei um banho, deitei em minha cama e sua imagem veio novamente a minha mente, me pergunto o que ela fazia ali, em uma creche.
Me visto e fico ainda mais pensativo que antes, então peço pra Thais arranjar o número dela, não é mais o mesmo, alguns minutos depois ela me envia e fala que quer saber o porque desse interesse do nada, eu prometi explicar.
Assim que disco o número, percebo que é o que me ligou e meu coração dispara, enquanto aguardo ela atender, caminho por meu quarto. Ela não atende de primeira e quando o faz na segunda ligação e eu fico calado por alguns segundos, até que quebro o silêncio.
Ligação on
Carla: oi! (A voz parece de choro)
Arthur: Carla?
Carla: Arthú!
Arthur: hum... A gente precisa conversar
Carla: a gente, conversar? Porque? (Ela parece nervosa)
Arthur: eu... eu... não sei, mas a gente precisa... por favor! (Suplico)
Carla: quando? (Pergunta e eu fico ainda mais nervoso)
Arthur: bom, depois que eu pegar o Mateus na creche e o trazer pra casa, acho que umas 14h, pode ser?
Carla: pode, eu passo na sua casa pra te pegar.
Arthur: não, me manda o endereço que eu vou, a qualquer lugar.
Carla: ah é, sua mulher pode não gostar disso. Bom, vou te mandar a localização (e desliga)Ligação off
Como assim minha mulher? De onde ela tirou que eu sou casado? Ah, o Mateus! Ela com certeza deve achar que ele é meu filho e ele é, mas não do jeito que ela tá pensando.
Carla
Quando percebo que é ele ligando meu coração erra as batidas, eu olho pra Pocah e ela me olha e eu não atendo. Não a primeira ligação pelo menos, mas não segunda a Pocah atende por mim e quando ele fala que precisamos conversar eu sinto um frio na espinha.
Marcamos nosso encontro, eu mando pra ele a localização da minha casa e eu vou buscar a Flora mais cedo na creche, não posso correr o risco dele a ver antes de contar tudo de uma vez. Pego minha filha, levo ela pra casa da minha mãe e peço que fique com ela até o outro dia, ela me pede explicação e eu digo que assim que possível eu conto tudo com detalhes.
Saio de lá ainda mais nervosa que antes, chego em casa e saio juntando tudo que é fota da Flora que tenho espalhada pela casa e levo tudo pro meu quarto. Depois tomo um banho, não consigo almoçar e nem comer nada, fico apenas aguardando a campainha tocar, já deixei sua entrada autorizada.
Não demora muito e ela toca, vou até a porta, abro e o vejo ali, em minha frente, meu coração dispara, a princípio ficamos apenas nos olhando.
Carla: entra (Dou passagem pra ele e assim que ele entra, fecho a porta) senta, (levo ele até o sofá) quer beber algo?
Arthur: água, tô dirigindo. (Ele também parece nervoso, vou até cozinha e volto com água pra ele e pra mim)
Carla: bem, porque você tá aqui?
Arthur: não sei, por que voce estava na creche? (Ele me olha e eu perco a voz)
Carla: me diz primeiro você, quem era aquele menino? (Pergunto contrariada)
Arthur: é filho da Dani.
Carla: ah, então esse é o nome dela?
Arthur: sim, minha irmã, se chama Daniela, lembra?
Carla: perai, irmã? (Me sento um pouco mais próxima) eu achei que...
Arthur: achou que eu tinha alguém né? (Assinto) achou errado.
Carla: e por que o menino te chamou de pai?
Arthur: porque eu crio ele como se fosse, mas essa história é longa demais pra contar el agora. Por que você estava na creche?
Carla: porque minha (respiro fundo) minha filha estuda lá!
Arthur: a Flora (nessa hora eu arregalo o olho e fixo nele)
Carla: como você sabe?
Arthur: Mateus não para de falar nela e você sabia o nome dela quando ele falou
Carla: ah (me viro de costas e enxugo as primeiras lágrimas)
Arthur: então ela é sua filha, e o pai dela? (Meu coração para e volta a bater tão rápido que sinto que vai parar a qualquer hora e não voltar mais)
Carla: o que tem ele? (Volto a olhar pra ele)
Arthur: você ta com ele?
Carla: não!
Arthur: e quem ele é?
Carla: bem... eu... Arthú! (Ele percebe meu nervosismo)
Arthur: o que foi Carla?Levanto do sofá, respiro fundo, caminho pela sala e lembro do que a Pocah disse, chegou a hora, ele precisa saber, ele vai acabar descobrindo uma hora ou outra. Volto a olhar pra ele e falo de uma vez.
Carla: é você! (O olhar dele muda e não sej decifrar) ela é nossa!
Oie pessoas, bem acho que agora o negócio mudou de figura né?
E aí? Como será que ele vai reagir?
Meta: 50 comentários e eu volto!
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Flechada Certeira 2 - one shots
Hayran Kurgucontinuação da one shots- flechada certeira