Outra Realidade- 23

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Carla

Ser pedida em casamento pelo amor da sua vida, é uma daquelas coisas que você pede a Deus, mas nem acredita direito quando acontece. Ver ele ali, bem, ainda que esteja num hospital, já me deixa feliz, mas saber que ele é só meu e agora será pra sempre, me faz me sentir plenamente feliz. Agora só falta minha menininha acordar pra nossa vida juntos, como marido e mulher, como pais de duas crianças maravilhosas, começar de fato.

Saio pelo corredor procurando por notícias, quando chego ao quarto da Flora ela está com o olhinho aberto, chorando e me chamando. Eu quase tive um troço, meu coração disparou, minhas pernas falharam e eu mal sabia como se falava de novo. Corri até  a cama e tentei acalmar ela.

Carla: oi meu amor, a mamãe tá aqui (seguro sua mãozinha e ela me olha, os olhinhos cheios de lágrimas)
Flora: mamãe? A Flola ta cum medo!
Carla: eu sei amor, mas a mamãe tá aqui, olha?
Flora: puque a Flola ta nu medico?
Carla: porque o carro do seu papai bateu em outro carro e ai a gente teve que vir pro hospital pra cuidar dos dodois.
Flora: e tade meu papai mamãe?
Carla: ele tá ali no outro quarto, você quer ver ele?
Flora: xim mamãe, a Flola que tolinho. (A enfermeira que estava com ela me autoriza a pegar ela)
Carla: a mamãe te dá todo colinho do mundo meu amor! (Sento na cama e ela se aconchega em mim)
Flora: e o tolinho do papai?
Carla: e o da mamãe não serve não?
Flora: xim mamãe, maisi
Carla: mais o do papai é muito bom né? (Ela olha pra mim sorrindo e eu agradeço aos céus por ter deixado minha neném aqui) vamos fazer o seguinte, a mamãe vai lá no quarto do papai ver como ele tá  e trazer ele aqui tá bom?
Flora: tá mamãe, maisi num demola, tá? A Flola num que fita suzinha!
Carla: você não vai ficar só meu amor, a mamãe vai trazer a vovó Mara e a vovó Bea pra ficar com você,  ta?
Flora: e o vovô dude?
Carla: e o vovô José também. 

Ajeito ela na cama e já saiu a procura da minha mãe e mesu sogros. Peço pra eles irem ver a pequena, eles já sabiam que ela tinha acordado. A princípio, o médico disse que ela está estável agora, que o perigo maior já passou, ela precisa apenas de repouco e muito cuidado e em breve ela poderá ir pra casa. Chego no quarto do Arthur sorrindo e ele olha pra mim sem entender nada.

Carla: amor (me aproximo da cama) tem uma garotinha querendo seu colo (o olho dele mareja)
Arthur: é sério vida? Ela acordou? Ela tá bem? (Me questiona eufórico)
Carla: sim minha vida, ela acordou, está estável  e morrendo de saudade do papai! (Acaricio seu rosto)
Arthur: ai meu Deus linda, eu tava morrendo de medo que algo acontecesse com ela, eu não ia me perdoar nunca se ela não voltasse pra gente (ele chora sem parar e eu subo na cama e o abraço)
Carla: mas ela voltou amor e tá doida pra que você pegue ele, ela tá com saudade. Não se culpa mais, você não teve culpa em nada, foi um acidente e graças a Deus, terminou tudo bem. (Ele me olha enquanto eu falo, dou um selinho nele) agora nossa família pode finalmente estar junto, nós quatro (ele sorri e coloca a mão em minha barriga)
Arthur: esse bebê aqui tem a melhor mamae do mundo e nossa filha é a proca disso! (Ele me beija devagar) obrigado por me dar eles, eu sou o homem mais feliz do mundo por ter vocês, eu quero ter vocês pra sempre!
Carla: já tem! (Sussurro) agora vamos ver a pequena?
Arthur: será que o médico libera?
Carla: eu já falei com ele, ele disse que você pode, mas não era pra se esforçar muito, então vai na cadeira de rodas e volta logo (falo já levantando da cama)
Arthur: ah não linda, cadeira de rodas não
Carla: são ordens do médico
Arthur: pois eu vou andando (me desafia, eu olho pra cara dele enquanto ergo a sobrancelha e caminho em sua direção apontando o dedo pra ele)
Carla: você vai acatar cada uma das ordens dos médicos, porque a um dia você estava desacordado e eu morrendo de medo de perder você, eu não vou passar por isso de novo, entendeu? Arthú? (Ele baixa meu dedo e me agarra pela cintura, ele estava sentado apoiado na cama)
Arthur: entendi minha braveza (ele me beija) só não me chama de Arthú!
Carla: ah não,  e como é pra eu te chamar?
Arthur: de amor, de vida (falo todo manhoso)
Carla: aiii, eu te amo tanto, sabia?
Arthur: eu que te amo, demais (e me beija de novo)

Saimos do quarto dele pra ir pro quarto da pequena, do jeito que o médico recomendou, vamos conversando e brincando até lá, decidindo se já iríamos falar sobre o bebê para a Flora.










Oie pessoas, voltei...

Foi aqui que pediram uma Flora acordada? Pois veio ai

E agora como será o encontro com o papai?

Desculpa por não ter postado ontem, o dia por aqui foi dificil, tive uma crise alérgica braba...

Meta: 60 comentários e eu volto!

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Flechada Certeira 2 - one shotsOnde histórias criam vida. Descubra agora