Cirurgia - 06

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Oie pessoas, não sei se gostei muito desse, mas veio aí ...

Meta: 50 comentários e eu volto!

Comentem!

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Arthur

Ela mal foi e eu já estava com saudade, não é possível que eu já esteja arriado, a mulher nem me deu esperança alguma. A médica passar pelo quarto e me diz que correu tudo como deveria, que amanhã eu terei alta, passou várias indicações, me disse que sem movimentos bruscos até completar pelo menos um mês, tipoia por dois meses e cuidados redobrados nas duas primeiras semanas.

Fiquei o resto da tarde pelo celular, sem fazer quase nada, quando chegou a noite, fiquei abrindo e fechando o instagram esperando que ela postasse algo e então ela postou, e meu Deus, eu precisei respirar fundo e chegar se meu coração ainda tava no peito, que mulher!

Reajo ao seu post, ela me responde, mas logo me corta. Entretanto eu resolvo continuar, só que ela não me responde mais e eu suponho que fui longe demais. Como já era tarde durmo. Quando acordo a médica já está em meu quarto com minha alta assinada, diz que assim que eu quiser poderia ir pra casa, espero minha mãe voltar, porque ela tinha ido pegar umas coisas pra mim na recepção e logo vou embora.

Assim que chego, já tomo um banho e estou deitado quando ela me responde, meu coração erra as batidas, mas respondo sem entusiasmo, apesar de ter esperado isso o dia inteiro, ela não foi tão receptiva da última  vez. Depois disso não conversamos mais.

Passou-se alguns dias e minha mãe teve que voltar pra cada, eu fiquei por conta própria, fui tomar banho, me machuquei, fui parar de novo no hospital, a médica me deu uma bronca leve e eu voltei pra casa, com mais remédios. Um deles me derrubou, cheguei já quase dormindo e acordei com minha campainha tocando e sem entender nada.

Assim que eu abro e ela tá ali parada, meu coração salta dentro do peito, minha boca seca e por alguns longos minutos eu só a observo e ela faz o mesmo comigo.

Arthur: o que você veio fazer aqui? (Falo quebrando o silêncio)
Carla: ah e é assim que você recebe visitas senhor Arthú? ( ela retruca)
Arthur: desculpa, entra! (Dou passagem para ela)
Carla: vim ver como você tava, soube que foi ao hospital de novo! (Aponto o sofá pra ela e ela se sente)
Arthur: e eu posso saber como você ficou sabendo? (Pergunto me sentando próximo a ela)
Carla: ah, um passarinho me contou.
Arthur: passarinho linguarudo esse (sorrimos juntos)
Carla: mas e ai garoto? Como você tá?
Arthur: tô bem, dentro do possível.  Ainda requer muitos cuidados, depois que eu machuquei de novo, precisa de um pouco mais de atenção, mas nada tão distante do que eu já precisava fazer (falo e meu celular desperta) hora do remédio (me levanto, mas sinto sua mão na minha)
Carla: deixa que eu pego, tá aonde?
Arthur: em cima da mesa, do lado da minha cama, primeira porta a esquerda (falo e vejo ela se afastar e entrar corredor a dentro)
Carla: tó (me entrega e vai em direção a cozinha procurando por algo e logo volta com um copo com água na mão) bebe direitinho garoto!
Arthur: hum, então resolveu assumir o posto? (Falo bebendo o remédio)
Carla: que posto?
Arthur: o de minha enfermeira (pisco pra ela)
Carla: você não se cuida se não tiver alguém no seu pé (ela me dá um leve beliscão na coxa)
Arthur: ai Carla Diaz! (Finjo sofrimento)
Carla: que foi?
Arthur: nada, acho que agora precisp me deitar! (Me levanto)
Carla: ótimo, então deita garotinho, eu vou em casa enquanto isso. (Ela levanta também e estamos parados um de frente pro outro)
Arthur: é que eu acho que preciso de ajuda pra isso! (Falo a encarando)
Carla: como? (A respiração falhando)
Arthur: como o que? (Pergunto atordoado)
Carla: pra que você precisa de ajuda
Arthur: ah, só pra desencaixar a tipoia atrás, eu tô a 3 diaz dormindo com ela e acho que tá começando a ferir (ela me encara e coloca a mão sobre a minha segurando o fecho da tipoia) mas tem que ser na cama já, pra meu braço não despencar e acabar lesionando o ombro (falo e ela respira fundo) vem (a conduzo até meu quarto)
Carla: tá,  senta ai grandão, eu não consigo alcançar! (Me sento e ela atrás de mim, tira com cuidado a tipoia, depois sinto seus dedos percorrerem minha pele machucada)
Arthur: aiiii!
Carla: tá bem feii isso aqui, acho melhor você ficar sem a tipoia por um tempo!
Arthur: eu não posso, como vou fazer minhas coisas? Eu não posso correr o risco do braço soltar.
Carla: ah, mas vai, vai ficar quietinho aqui nessa cama! Sem discussão!
Arthur: nossa aue brava! (Me viro um pouco pra ela e acabo ficando a poucos cm de sua boca, mordo meu lábio inferior e ela me olha em seguida) nossa, eu tô fom tanta vontade...
Carla: de que? (Sussurra)
Arthur: disso (dou um selinho demorado nela e ela não se afasta) posso continuar?
Carla: pode!

E é o bastante pra que eu a beije como quis beijar desde o dia que a vi de novo, sepois de 3 anos, o beijo se encaixando, as línguas se procurando, as respirações se misturando, avanço nela e sinto meu ombro queimar, é Arthur, sem movimentos bruscos.

Arthur: aaah, eu preciso deitar! (Ela me olha preocupada)
Carla: machucou?
Arthur: não, mas tá doendo! (Ela me ajuda a deitar na cama)
Carla: ai lindo, você não pode fazer essa coisas!
Arthur: mas beijar você é tudo que eu mais queria (solto um beijo pra ela)
Carla: para garoto, valos deixar pra falar disso depois. (Fica envergonhada) agora dorme ai, que eu vou em casa pegar umas coisas, não faça nada enquanto eu não voltar (coloca o lençol em cima de mim, como uma mãe faz com um filho e eu lhe roubo um selinho)
Arthur: não demora (sai mais dengoso do que devia)
Carla: volto em no max. uma hora!

E ela vai, eu fico e acabo dormindo mesmo.

Flechada Certeira 2 - one shotsOnde histórias criam vida. Descubra agora