Cirurgia - 03

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Oie meu povvo, voltei hein... e meu filho finalmente fez a cirurgia... mas e ai? Acham que minha filha foi pro hospital?

Meta: 50 comentários e eu volto!

Comentem!

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Carla

Eu fui longe demais agora, mas também,  como eu fico quieta depois de tudo. Ainda por cima mais essa, ele não está mais namorando, bom, foi o que ele disse. Espero por sua resposta, mas ela não vem, então resolvo que é melhor dormir e esquecer, pelo menos por hoje, tudo que eu pensei ainda sentir por esse garoto.

Acordo e minha cabeça dói, não sei se pelo vinho que tomei, ou pelo fato de ter idp dormir chorando, mas sei que ela está quase estourando. Pego meu celular e ainda não há mensagens dele, acho que não terei mais nenhuma. Levanto, organizo tudo que preciso e vou pra São Paulo, essa semana ficarei por lá, tenho trabalhos pra fazer e um passeio no final de semana.

Por hoje tudo que consigo ver, é um stories rápido da Pocah com a Toya e respondo dizendo que tô morrendo de saudade da minha pequena. Chega em São Paulo, começo a trabalhar e um trabalho vai vindo atrás do outro, quando vejo já findou o dia, eu estou deitada em minha cama no hotel, abro instagram e alguma postagens me fazen errar as batidas do coração. 

"Arthur Picoli deu entrada no hospital Albert Einstein na capital de São Paulo na madrugada do dia de hoje (14/08) e fontes informam que seu estado é grave"

"Mãe de Arthur Picoli deu uma entrevista exclusiva ao  Maria Fifi e declara: apesar de o ombro ter saído fora do lugar de novo, tenho esperança que a cirurgia será ótima"

Meu coração dispara em meu peito, minhas mãos tremulam e minha respiração ofega. Como assim ele foi levado ao hospital? E como assim o ombro deslocou novamente? Fico perplexa por alguna segundos e logo em seguida me troco, visto a primeira roupa que encontro, desço até o meu carro e mal percebo as lágrimas que meus olhos derramam involuntariamente.

Tento respirar como dá e ligo pro número do Arthur, enquanto dirijo até o Albert, é eu sei que seu telefone provavelmente estará com outra pessoa, mas eu tento mesmo assim. O telefone toca algumas vezes até ser atendido por sua mãe  e apesar de tudo eu respiro aliviada ao ouvir sua voz.

Ligação on

Beatriz: oi Carlinha!
Carla: oi so- dona Bea! Cadê o Arthur? Tá tudo bem? (Pergunto ainda ofegante)
Beatriz: tá em cirurgia, o ombro dele deslocou de novo minha filha (ela chora)
Carla: ai meu Deus, como foi isso? (Chego ao hospital e caminho em direção a recepção)
Beatriz: ele se jogou na cama com tudo e não lembrava que tinha uma caixa em cima, bateu e deslocou (meu peito arde e parece que eu tô sentindo a mesma dor que ele sentiu) eu fiquei tão apavorada quando vi ele chorando de dor (a moça da recepção não quer me deixar entrar, fala que a família só disse que deixaria passar apenas familiares)
Carla: dona Bea, eu tô aqui no hospital, mas não me deixam entrar!
Beatriz: fala pra recepcionista que eu autorizei
Carla: ela disse pra senhora vir até aqui e autorizar pessoalmemte.

Ligação off

Ficamos um tempinho comversando até ela chegar na recepção,  autorizar minha entrada e nós subirmos juntas pro quarto do Arthur. As horas que se passam depois que a cirurgia acaba e aguardamos ele acordar parecem anos, caminho de um lado a outro sem conseguir parar.

Beatriz: você tá me deixando tonta assim Carla, se acalma minha filha! (Ela fala me parando e me fazendo olhar pra ela)
Carla: eu tô nervosa dona Bea, desculpa! (Falo e ela me abraça)
Beatriz: é,  eu tô vendo. Mas esse garoto ali é forte, já já ele tá aqui fazendo raiva pra gente (ela me olha com tanta ternura que eu acho que vou chorar) tem uma coisa que eu quero te perguntar desde quando você ligou pra ele e eu atendi
Carla: o que?
Beatriz: por que você tá aqui? Eu não sei bem como está a relação de vocês hoje, o que sei é que ele tava namorando a Cintia até semana passada, do nada terminou e agora, você tá aqui. Vocês voltaram? (Ela me olha confusa e eu fico alguns segundos elaborando uma resposta)
Carla: não, a gente não voltou. Tem meses que eu não vejo esse garoto. E eu também não sei explicar o porquê eu tô aqui, eu só estou aqui.

E como se entendesse a confusão dentro de mim, ela me abraça e depois diz que vai buscar um café, eu fico ali e me aproximo da cama onde ele estava, seteno, dormindo, desenho os traços de seu rosto e enquanto meus dedos percorrem sua pele, uma eletricidade percorre meu corpo.

Flechada Certeira 2 - one shotsOnde histórias criam vida. Descubra agora