Arthur
Eu já sabia que viver com a Carla é uma das melhores coisas que lhe acontece na vida. Ela é incrível, tem um coração gigante e transforma tudo por onde passa. Ela trouxe ainda mais cor pra minha vida, eu sorrio feito um bobo toda vez que a pego correndo pela casa com os cachorros, que ela não me deixa mais trancar no canil, toda vez que eu tento argumentar, ela diz que os filhos dela não vão ficar naquele lugar frio, como se eles estivessem vivendo num calabouço.
A cada dia que passa ela se enche ainda mais de uma luz que eu só enxergo nela, acho que por conta da gravidez, as pessoas dizem que a mulher fica diferente, que tem um brilho diferente, e eu não sei se é só isso, ou se amar e ser amado por ela, me faz ver ela diferente. Agora, ela tem quase 4 meses de gestação, digo quase 4, porque a gente conta por semanas, então nunca sei ao certo em que mês estamos.
Nós já sabemos quem vem por ai, Carla não quis fazer chá revelação, segundo ela, ela é muito curiosa pra deixar outra pessoa descobrir o sexo do nosso bebê antes de nós. Mas hoje faremos uma espécie de revelação a nossa família, eles já sabem da gravidez e eu achei que seria uma loucura falar para eles que estamos juntos, mas tanto minha mãe quanto a da Carla, falaram que era só questão de tempo e mesmo que elas não estivessem tão confortáveis com a nossa decisão a princípio, o que importava era nossa felicidade.
Faremos um almoço aqui em casa, não, a gente ainda não mora junto, a baixinha bateu o pé e disse que só moraria comigo depois que assinassemos um certo papel, então, por enquanto, vivemos aqui e na casa dela, mas não por muito tempo.
Carla: amor (ela sai do meu closet, que mais parece dela, segurando o croped na frente dos seios) fecha pra mim! (Ela sorri e eu dou um selinho nela, antes de fechar)
Arthur: que linda! (Falo quando se vira de novo pra mim, lhe dando um beijinho)
Carla: que nada, eu tô enorme! (A insegurança já bateu e tem sido assim quase todos os dias)
Arthur: você está linda vida, olha pra isso (eu estou atrás dela e estamos de frente pro espelho, eu acaricio sua barriga e a faço olhar pra ela) ela tá cada dia maior, mas você não engordou nada, continua tão gostosa quanto sempre foi (ela se vira e me beija)
Thais: iiiii mas vão ser pais e ainda sim não deixam de serem assim (fala entrando com minha sobrinha correndo atrás dela)
Arthur: a gente vai ter um filho, não mudou de personalidade não (me abaixo pra receber a pequena que se joga em meus braços) oi meu amorzinho, cadê a benção do dindo?
Manu: benxa din-du! (Estica a mãozinha e eu falto morder ela de tão linda)
Carla: oi cunha, oi menininha! (Ela se aproxima e beija o rostinho da Manu que se encolhe)
Manu: oi titi! Tadê, nenein? (Pergunta gesticulando)
Carla: tá aqui amor (fala apontando pra barriga)
Thais: Manu a titia vai ter um menino ou uma menina?
Manu: nina gal a nunu! Eeeeee (bate palminhas)
Thais: ae a Maria vai nascer finalmente!
Carla: será?
Thais: criança não erra cunha, você vai ver!
Arthur: para com isso Thais, você que ficou influenciando a Manu, certeza que vai ser um moleque!
Thais: veremos.Saímos rindo os 4 e encontramos com toda nossa família no deck, almoçamos, brincamos, fazemos farra do jeito que amamos e finalmente chega a hora de revelar. Lógico que enrolamos quando a Thais veio com a história de criança não mentir, não podíamos transparecer nada. Mas assim que os cachorros entram todos com uma gravata rosa e param em fileirinha de frente pra onde estávamos, não havia mais como não dizer que a pequena estava correta.
Arthur: nossa menininha vem ai!
Carla: a Manu estava certinha, vem uma menina igual a ela.Todos correm e nos abraçam e nós comemoramos juntos. Depois desse dia a vida por aqui continuou parecendo um sonho e eu de fato penso estar vivendo dentro de um.
Acho que depois que você perde o amor da sua vida tantas vezes, por pura imaturidade, você aprende que qualquer oportunidade de o ter de volta é única e eu não vou perder a Carla de novo, nunca, ainda mais que agora teremos uma mini Carla por aqui e eu nunca seria capaz de deixar essa mulher sair da minha cida levando nossa menininha.
É pensando nisso que resolvo fazer o que devia ter feito desde o princípio. Ela está com quase 7 meses de gravidez e agora reclama ainda mais quando eu tenho que voltar pra minha casa por algum motivo. Hoje, eu tô no Rio de Janeiro, vim a trabalho e já volto hoje mesmo. Vou direto pra casa dela, porque já estamos sem nos ver a 3 dias e ela já fez todas as reclamações possíveis e tá com raiva de mim. Os hormônios da gravidez me deixam maluco as vezes, mas eu amo o fato deles a fazerem querer ficar grudada em mim o tempo todo.
Passo rapidinho pela joalheiria de um amigo, compro o que queria e já corro pra pegar meu voo, desembarco no viracopos e pego meu carro que estava no estacionamento de lá, dirijo até Jundiaí e assim que entro na garagem dela, avisto ela deitada em uma das cadeiras que ficam na área da piscina, com um biquini minúsculo pro tamanho que os peitos dela estão, a barriga linda, brilhando pelo sol batendo nela, estava de olhos fechados.
Eu me aproximo aos poucos e ela sabe que eu estou aqui.
Carla: com toda essa demora, achei que ia morar no Rio (abre o olho com um bico enorme e me olha surpresa) o que é isso? (Ela se senta de frente pra mim, que estou ajoelhado)
Arthur: isso sou eu pedindo pra você ser minha pra sempre, casa comigo?! (Vejo os olhinhos dela marejando)
Carla: ai lindo, sério?
Arthur: eu esperei muito por esse dia vida, desde o dia que você resolveu me dar outra chance, eu já queria te pedir pra casar comigo, porque eu sempre quis casar com você, mas ai, a gente resolveu ir devagar e essa mocinha aqui (acaricio sua barriga) acelerou tudo de novo, mas eu não quero casar com você só por causa dela...
Carla: não? (Balanço a cabeça em negativa) e por que é então? (Pergunta com voz de choro)
Arthur: porqie você é o amor da minha vida, eu não sei existir em um mundo que eu não seja completamente seu e eu quero que o mundo saiba que você e eu somos um só agora e não porque não temos cada um sua personalidade, mas porque o que Deus uniu, homem nenhum pode separar, eu quero você, todos os dias dessa vida, quero poder ser tudo que você merece, te amar como você tem que ser amada.
Carla: sendo assim, eu caso! (E se joga em meus braços quase me derrubando)
Arthur: eu te amo tanto trenzinho atentado! (Distribuo selinhos em seu rosto e boca)
Carla: eu te amo demais, obrigada por realizar cada um dos meus sonhos comigo, obrigada por me dar ela (ela coloca a mão na barriga e eu coloco a minha por cima da sua) ela é tudo que eu sempre quis, com você (ela me beija, um beijo tomado pela emoção que sentimos) e casar com você era tudo que eu mais queria.
Arthur: que bom, porque a gente casa semana que vem (ela arregala o olho e me olha espantada)
Carla: garoto?! Semana que vem?!
Arthur: é dona Carla, não foi você que disse que só moraria comigo casada? (Ela assente) eu não vou esperar mais que uma semana pra isso (cheiro seu pescoço) eu quero poder dormir te cheirando e acordar te beijando e não precisar mais ir pra minha casa.
Carla: aaaaa eu te amo demais! Vamos casar semana que vem então!Fala toda empolgada, nós entramis em casa, eu subo pra tomar banho e ela fica preparando algo pra gente comer. Ligamos pra toda a família, convocamos nossas equipes pra preparar tudo pro casamento e resolvemos fazer tudo o mais guardado possível, as pessoas já sabem sobre a gravidez, apesar de não terem muita noção de quase nada, porque Carla não quer dar detalhes, então sequer sabem que teremos uma menininha ou de quanto tempo a Carla tá, as roupas que ela veste disfarçam muito o tamanhos da barriga e eu respeito muito tudo que minha baixinha quer, todo cuidado é pouco nesse mundo maluco da internet.
E é isso, a gente vai oficialmente virar uma família, nossa filha em breve estará por aqui e eu não poderia ser mais feliz que isso.
Oie pessoas, essa fic quase que não termina, mas veio ai...
Aproveitem o último capítulo!
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Flechada Certeira 2 - one shots
Fiksi Penggemarcontinuação da one shots- flechada certeira