Flechada Certeira 2 - one shots

Outra Realidade- 13

Arthur

Quando a Carla me contou sobre a Flora só depois de quase 3 anos, eu quis matar ela, eu a odiei por ter escondido de mim alho tão importante. E depois da nossa primeira conversa eu achava que nunca ia conseguir perdoar ela, mas a verdade é que eu a amo, eu sempre amei. Desde o dia que eu ouvi falar sobre ela naquele lugar meu coração palpita mais forte só de pensar que eu vou estar no mesmo ambiente que ela.

E ver ela como mãe da nossa filha trouxe toda a paixão de volta, trouxe a admiração, o orgulho, eu voltei a olhar pra ela como a mulher mais incrível desse mundo. Eu sei que ela tem defeitos, defeitos que me machucaram muito, que me fizeram ir a loucura, mas conhecer o coração dela e saber que você ocupa um espaço ali te faz se sentir o homem mais especial do mundo e eu já perdi isso, duas vezes, eu não me perdoaria se deixasse que outro homem preenchesse o coração dela.

Foi pensando em conquistar ela novamente que eu pedi pra que ela jantasse comigo, escolhi um dos melhores restaurantes japonês que existe em São Paulo e pedi que Thais fizesse reservas. Sai da casa dela doido pra beijar ela, pedi que ela fosse minha pra sempre e não largar dela nunca mais. Mas se ela precisa de una conversa, teremos quantas conversas ela quiser e se precisa de segurança, eu farei questão de provar a cada dia, que o meu coração é totalmente dela.

Trouxe minha pequena comigo já, apesar da mãe dela não gostar muito da ideia, falei que ela aproveitasse o dia de princesa dela, que a nossa princesa iria aproveitar muito os primos dela. Assim que chegamos em casa, Mateus correu e se jogou em meus braços.

Mateus: papai! Eu tavu cum sadadi (minha mãe aparece logo depois)
Beatriz: já disse pra você não correr desse jeito Mateus! (Ela o repreende e percebe que a pequena estava quietinha perto de mim) oi princesinha da vovó
Flora: oi vovó Bia! (Ela corre para os braços da minha mãe)
Arthur: e como foi que o papai te ensinou?
Flora: benxa vovó!
Beatriz: Deus te abençoe meu amor!
Mateus: vamu binca Flolinha? (Eu o coloquei no chão)
Flora: vamu teus! (Eles saem de mãos dadas e eu fico que nem um bobo admirando eles)
Beatriz: quem diria né meu filho? Que você seria pai e de duas crianças de uma vez?
Arthur: pois é mamãe, o Mateus, apesar de ser meu sobrinho, me ensinou muito a como ser pai e agora a Flora veio pra fazer de mim, o homem mais feliz do mundo dona Beatriz. (Falo a agarrando)
Beatriz: eu tô vendo que você tá muito feliz mesmo. Mas tem certeza que só tem a ver com meus netos?
Arthur: não. Hoje eu vou jantar com a mulher que eu mais quis na minha vida, eu vou finalmente sair com ela, sem preocupação alguma, sem medo, aí fiquei nervoso! (Me sento no sofá e ela senta junto)
Beatriz: calma menino, vai dar tudo certo. Só lrmbra que ela é a mãe da sua filha, que vocês precisam ceder, não serem marrentos e conversarem muito, a relação de vocês já tem muito amor, sempre teve, mas se não cuidarem um do outro, o sentimento não vai suficiente.
Arthur: eu sei mamãe (eu a abraço) eu quero que agora der certo, que a gente seja igual você e o meu velho, quero ficar com ela pra sempre
Beatriz: então cuida dela meu amor, ela é a mulher que mais te amou até hoje, eu nunca vi alguém te olhar como ela olha, nunca vi alguém cuidar de você como ela. Enfim, você tem a minha benção, vai ser feliz.
Arthur: tô indo mãe! Hoje é dia de pliê.
Beatriz: garoto! Tenha modos!
Arthur: ah dona Beatriz, você conhece bem o filho que tem!
Beatriz: pior que eu conheço mesmo.

Dou dois beijos em suas bochechas e vou pro quarto me arrumar pra encontrar com a mulher da minha vida.

Carla

Ele saiu com nossa filha e eu ainda nem sei como respirar direito. Eu ainda tô super apavorada e com medo de que mais a frente isso de errado de novo e eu saia mais machucada do que tudo, mas agora, não sei porque, há muito mais confiança de que vai dar certo. Quando ele me pediu pra jantar com ele, eh poderia ter dito não, mas eu não podia continuar mentindo pra mim mesma, fingindo que eu não tô doida pra beijar ele e deixar ele me amar.

Já que minha filha não está aqui, resolvo sair, marquei um dia pra me cuidar em um hotel aqui perto de casa, só vou voltar pra me vestir e esperar Arthur chegar. Passamos o dia conversando, porque apesar da minha menininha está com o pai dela e com sua família, meu coração fica o tempo inteiro em alerta.

Agora são 19:50, ele me disse que já tá vindo e eu ainda não decidi que vestido colocar, estou nervosa, meu coração tá acelerada e eu já quis chorar algumas vezes só essa noite. Olho pra cima da cama e me lembro de um dia como esse, a alguns anos, quando ainda tínhamos uma relação escondida, íamos a um aniversário de um amigo, super privado e eu estava muito em dúvida sobre qual cor de body usar e ele chegou por trás de mim e disse pra vestir o vermelho, porque vermelho combinava muito com a minha pele e ele amava me ver assim, então eu pego o vestido vermelho, coloco e o imagino aqui dizendo o mesmo.

Não demora muito e ele chega, todo lindo, vestido em uma calça e camisa pretos, tênis branco e aquele sorriso que me desmonta inteirinha.

Arthur: nossa, assim eu não vou querer sair não! (Ele me estende a mão e eu coloco a minha sobre a dele) linda demais! (Ele beija minha mão e eu sorrio)
Carla: você também não tá nada mal! (Falo debochando e ele ri) tá gostosinho hein (Falo sussurrando em seu ouvido)
Arthur: Carla, Carla! (Caminhamos até o carro e ele abre a porta pra mim)
Carla: que foi? Não fiz nada.
Arthur: humrum. E aí, pronta?
Carla: você vai me levar pra aonde hein? (Ele liga o carro e sai)
Arthur: jaja você descobre.

Não demora muito e chegamos ao nosso destino, leio o nome e lembro de quando eu disse a ele que lhe apresentaria o melhor sushi do Rio de Janeiro, bom, aqui estamos e ele me trouxe ao melhor sushi de São Paulo. Entramos, nos sentamos, comemos, conversamos, brincamos, sorrimos, nos paqueramos, a noite parecia um sonho, do qual eu não queria acordar nunca.

Oie pessoas, foi aqui que pediram um jantar? Veio aí

Mas e agora? Como essa noite vai terminar? Temos uma conversa pela frente não temos?

Meta: 60 comentários e eu volto!

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