Flechada Certeira 2 - one shots

Carnaval - 01

Arthur

Carnaval de 2025

Carla vai voltar a desfilar pela grande rio esse ano e meu coração tá como? Tô nervoso pra cacete, é a primeira vez depois de muitos meses que vamos aparecer em público, depois que voltamos, é a primeira vez que vou ver ela assim e confesso que o coração canceriano tá inquieto por saber que minha linda vai estar deslumbrante, com aquele corpo perfeito dela, ainda mais perfeito, porque ela fez toda uma preparação pra estar impecável pra hoje.

Ainda não vi a roupa que ela vai usar, porque ela disse que seria surpresa, mas já estou pronto pra ser uma daquelas fantasias que não deixam quase nada pra imaginação.

Carla: pronto? (Ela chega toda linda, mas ainda não produzida, na porta do meu quarto)
Arthur: sim, vamos?! (Me aproximo dela e lhe dou um selinho)
Carla: não borra meu batom garoto! (Fala sorrindo e nós saímos)

Chegamos. Estamos parados ainda dentro do carro, meu coração a milhão, viemos de São Paulo para o Rio no meu carro, então eu o estaciono e logo em seguida desço e abro a porta pra ela. Ela me dá a mão e desce e assim que entramos na Sapucaí rumo ao camarote da escola de samba que ela iria desfilar alguns flash são disparados em nossa direção. Nós sorrimos e fazemos pose, depois damos uma breve entrevista e nos dirigimos ao camarim.

Logo nossos celulares estão pipocando de notificações, eu a olho, ela me olha e nós sorrimos, sorrimos, porque sabemos que agora ninguém vai separar a gente, a opinião dos outros não importa mais, por isso passamos meses juntos sem que ninguém, ou quase ninguém soubesse da gente, precisamos blindar a nossa relação, porque sabíamos que no dia que ela viesse a tona muitas opiniões viriam junto e dessa vez não queríamos que nada atrapalhasse e não vai.

Dou um beijo calmo nela e logo me despeço, deixando ela junto com a escola e vou vestir minha camisa, não vou conseguir ficar grudado nela, porque ela é a rainha de bateria, mas estarei logo atrás pra babar muito na minha mulher.

Carla

Parece loucura que estamos aqui, em plena Sapucaí e juntos, mas a vida tem sido uma loucura mesmo desde o dia que ele voltou pra minha vida. Parece até que foi ontem e eu lembro perfeitamente dos seus olhinhos derramando lágrimas e me pedindo pra voltar e eu como podemos ver não resisti.

Flashback on

Hoje é o último dia de Sapucaí, último dia que eu tenho que andar direitinho pra não esbarrar naquele garoto por aqui. Esse era meu pensamento, até eu dá de cara com ele, saindo do camarote que estava e que por sinal era do lado do meu. Meu coração acelerou tanto que era quase audível. Minha boca secou e meu olhos se encheram de lágrimas instantaneamente.

Ele estava paralisado, assim como eu, e por alguns minutos foi só assim que ficamos mesmo, um olhando para o outro, até que alguém quebrou nosso contato e eu o perdi de vista por alguns segundos, até sentir o arrepio que percorria meu corpo ao ver ele se aproximando.

Arthur: oi dona Carla, quanto tempo?!

E veio já me abraçando, eu mal me segurei em pé depois disso e se não fosse por ele estar me abraçando, tenho certeza que não o teria feito.

Carla: oi Arthú! Tudo bem? (Ele me solta e me encara)
Arthur: tudo sim (chega uma mulher e toca o ombro dele) hum, eu já tava indo embora, mas foi bom te ver! (Ele me dá um beijo na bochecha e sai)

E eu? Fico sem reação, não sei o que aconteceu ali, não sei quem era aquela mulher, não sei o que eu tava sentindo, mas depois disso parecia impossível ficar ali ainda. Então fui embora e uma semana depois, já em casa, em São Paulo, recebi notificação de algumas mensagens, era ele, meu coração errou as batidas.

A mensagem dizia que ele queria conversar, que desde o dia na Sapucaí não parava de pensar em mim, que precisa saber se ele não tava ficando maluco e se eu também senti tudo aquilo. Eu li e reli mil vezes a mesma mensagem e por alguns segundos, segundos em que talvez não estivesse pensando muito bem, falei que tudo bem e pedi pra ele ir a minha casa.

Ele foi, nós conversamos, conversamos muito, brigamos, nos xingamos, ele me beijou, eu o beijei de volta, nós nos amamos e desde então, depois de várias outras conversas difíceis, ele me pediu pra ficar, pra construir a nossa história de novo, pra dar uma chance da gente se conhecer sem morar junto, de saber quem éramos de novo, agora sem pressão e no nosso tempo e foi o que fizemos.

E foi com toda certeza a melhor decisão que tomamos, o começo foi lindo, ele continuava tendo um coração incrível, estava mais maduro, apesar de ter ainda alguns impulsos imaturos, estava focado no que queria, que no caso era eu e eu só me apaixono a cada dia mais por ele. Escolhemos não deixar ninguém, ou quase ninguém saber da gente e quando saia qualquer coisa sobre, a gente comprava as fotos, dava um jeito de segurar e prometia que em breve todos saberiam. Não iríamos esconder tudo dessa vez, só precisamos de um tempo só nosso.

Flashback off

E é assim, que agora o mundo sabe sobre nós e nada mais importa. Eu tô finalmente feliz, acabei de fazer um trabalho lindo com a emissora do meu coração, estou desfilando novamente e pela primeira vez, na minha escola do coração também, como rainha de bateria e tenho, a poucos passos de mim, o homem por quem meu coração parou e bateu outra vez.

Oie pessoas, quem vivo sempre aparece, não é mesmo?

Não prometo voltar com tanta frequência, mas vou tentar não demorar muito de uma história para a outra.

Me digam aí? Gostaram? Queriam na real Life?

Sem metas, mas comentem muito, por favor, senão vou entender que essa pode ser capítulo único.

Comentem!