Carrego o peso do que fiz,
na quietude da noite,
as sombras se alongam,
sussurrando segredos que não ouso repetir.Meus passos são leves,
mas o fardo é imenso,
cada lembrança, uma lâmina,
que corta mais fundo a cada respiração.Busco o perdão em terras desertas,
onde o sol não brilha,
e as palavras de arrependimento
se perdem no vento.Como encontrar a redenção
em um coração tão marcado?
As feridas que causei sangram
em ritmos que não posso conter.O silêncio é meu confessor,
mas as respostas são vagas,
ecoando em corredores vazios
onde meu nome é um sussurro.Perdão... uma palavra tão pequena,
mas tão distante quanto as estrelas,
e eu, uma alma perdida,
navegando em mares de incerteza.Se ao menos pudesse reverter o tempo,
costurar as lágrimas que deixei cair,
talvez encontrasse paz
naquele espaço onde a culpa encontra o perdão.Mas, por enquanto, sigo em frente,
um peregrino sem destino,
esperando que, um dia,
as sombras se dissipem
e a luz do perdão finalmente me encontre.