No vale onde as flores cantam e dançam,
O sol se esconde em um abraço final,
Os rios sussurram segredos que avançam,
Em um lugar onde tudo é surreal.A cabana antiga se ergue no centro,
Com janelas que brilham em cores vivas,
Fumaça suave flutua como um alento,
Convidando as almas que são cativas.Duas figuras surgem entre os arbustos,
Com risos leves que ecoam no ar,
Seus passos sussurram, evitam os sustos,
Enquanto seus olhos começam a brilhar.Sob a árvore onde o tempo se desfaz,
Eles se encontram num abraço profundo,
A magia pulsa, o encanto é eficaz,
Enquanto o mundo ao redor se faz fundo.As palavras dançam, um balé delicado,
Histórias são ditas com um tom sagrado,
Cada olhar é um momento encantado,
Onde realidade e fantasia têm lugar marcado.Mas a brisa fria da verdade aparece,
Quebra o encanto, traz a realidade,
O sonho dissolve, a magia estremece,
O conto de fadas se torna saudade.O sol revela o vale agora vazio,
A cabana dorme em silêncio total,
As flores que cantavam, agora no frio,
E o vento murmura um lamento final.Os protagonistas se afastam com pesar,
Carregam lembranças de um doce momento,
Mas no coração, a verdade vem pesar,
De que a magia foi um breve fragmento.