Alvorada

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O galo já canta, anunciando o alvorecer,
Enquanto eu ainda estou aqui, desperta,
Com a noite se estendendo como um manto,
E o sono se esquivando, uma promessa não cumprida.

A escuridão é uma testemunha silenciosa
Das minhas palavras que se espalham em papéis,
Versos que tentam capturar a angústia,
E a frustração de uma mente que não descansa.

Cada linha é um reflexo do meu desespero,
Tentando encontrar consolo na escrita,
Mas as palavras são apenas sombras,
De um desejo profundo de chorar e dormir.

O tempo se arrasta, arrastando-se como lama,
E o som do galo é um lembrete cruel,
Que o mundo está acordando, em movimento,
Enquanto eu estou presa em um ciclo de insônia.

O cansaço pesa sobre mim, como uma carga pesada,
Mas o sono é uma miragem distante,
E eu me vejo forçada a ficar acordada,
Desbravando meus sentimentos em busca de alívio.

Escrever se torna uma forma de escapar,
Mas a tinta não consegue apagar a exaustão,
E eu anseio por uma noite de paz,
Onde o sono venha como um abraço reconfortante.

Quero chorar, liberar o peso que carrego,
E deixar que a tristeza se dissolva na noite,
Quero dormir, afastar o tormento,
E finalmente encontrar repouso na escuridão.

Mas, por agora, continuo a escrever,
Apenas um sonho distante, uma esperança,
Enquanto o galo canta sua melodia matinal,
E eu permaneço aqui, esperando que o sono venha.

Minha Coleção de PalavrasOnde histórias criam vida. Descubra agora