Quando o relógio marca a hora de silenciar,
a cidade repousa em seu manto de tranquilidade,
e eu encontro a luz que brilha no escuro,
aquela que ilumina o caminho da minha mente inquieta.A madrugada é o meu refúgio,
onde as sombras não são ameaçadoras,
mas companheiras silenciosas,
que revelam os segredos escondidos em mim.As palavras fluem como um rio sem barreiras,
deslizam suaves sobre o papel,
enquanto o mundo lá fora é um eco distante,
uma sinfonia de calma que me inspira.O silêncio da noite é um livro aberto,
onde cada página é uma nova ideia,
e a penumbra é o pincel
que pinta as imagens da minha imaginação.Na quietude, minha mente é uma estrela,
brilha com uma clareza que o dia não permite,
as ideias se entrelaçam como fios de ouro,
tecendo histórias que só a noite pode revelar.Os pensamentos se tornam visíveis,
se desnudam sob o olhar atento das horas tardias,
e eu sou guiada por uma luz etérea,
que só a madrugada conhece e concede.Cada batida do meu coração,
cada suspiro do vento lá fora,
se transformam em versos,
em melodias que ecoam na escuridão.Enquanto o mundo dorme,
eu danço com as palavras,
e a madrugada se torna o palco
onde a minha criatividade se liberta.Assim, a noite é mais do que um intervalo,
é a porta que se abre para a criação,
é o momento em que minha alma canta
em harmonia com o silêncio profundo.Quando a luz do dia começa a espreitar,
eu fecho o livro da noite,
mas as histórias que nascem na escuridão
continuam a brilhar, mesmo quando o sol desperta.