Estou transformando meus sonhos e pesadelos em poesia,
Teço palavras a partir de visões e assombrações,
Converto cada fragmento de fantasia e terror
Em versos que dançam na página.
Meus sonhos são tecidos delicados,
Frágeis como asas de borboleta,
Pintados com as cores do desejo e da esperança,
Voando alto em céus de possibilidades.
Mas os pesadelos, esses são mais densos,
Escuros como noites sem estrelas,
Sussurram segredos de medos antigos,
E se entrelaçam com as sombras do meu ser.
Cada linha que escrevo é uma tentativa
De capturar a essência do que vejo
Quando meus olhos se fecham
E o mundo dos sonhos se abre para mim.
Há beleza nos sonhos,
Um encanto etéreo que me faz querer acreditar,
Que me faz querer voar,
Além das limitações da realidade.
Mas os pesadelos, eles têm uma força própria,
Uma gravidade que me puxa para baixo,
Me forçam a confrontar meus demônios,
A olhar dentro do abismo de minhas próprias inseguranças.
Estou transformando meus sonhos e pesadelos em poesia,
Cada verso é uma peça do quebra-cabeça,
Um mapa para navegar os mares turbulentos
Da minha própria mente.
Escrevo sobre a luz e a escuridão,
Sobre as alturas e as profundezas,
Sobre o êxtase dos sonhos realizados
E a agonia dos medos inescapáveis.
Cada palavra é uma exorcização,
Uma tentativa de dar sentido ao caos,
De encontrar a ordem nas sombras,
E a clareza no brilho dos sonhos.
Minha caneta é meu guia,
Meu papel, o campo de batalha,
Onde luto para reconciliar
O dia com a noite, a esperança com o medo.
Estou transformando meus sonhos e pesadelos em poesia,
E no processo, talvez, me transformando também,
Encontrando pedaços de mim mesma
Nas linhas que traço, nas palavras que escolho.
Cada poema é um espelho,
Refletindo minhas verdades mais profundas,
E ao encarar meus próprios olhos na superfície dos versos,
Eu começo a entender o poder da transformação.
Sonhos e pesadelos, luz e sombra,
Tudo se encontra e se mistura,
E eu, com minha poesia,
Dou vida a esses mundos invisíveis.
