Controle

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Se tudo der errado, 
ainda posso acabar com tudo. 
Isso é meu controle, 
meu último trunfo, 
minha carta na manga.

Parece estranho, 
mas essa ideia traz 
uma tranquilidade distorcida, 
um consolo amargo.

No meio do caos, 
quando tudo foge das mãos, 
ainda resta isso. 
Ainda resta o fim, 
um botão de escape 
que só eu posso apertar.

Porque, no fundo, 
é tudo que me resta. 
Quando o mundo desmorona, 
quando os medos se acumulam, 
a única certeza é essa. 

É essa sombra, 
sempre presente, 
silenciosa e sutil, 
mas tão real 
quanto o próximo passo 
que eu der.

Se o peso ficar insuportável, 
eu sei que tenho essa escolha. 
É minha decisão, 
meu controle, 
o último ato de liberdade.

E de alguma forma, 
essa possibilidade 
traz uma calma 
que quase faz sentido, 
um tipo de paz estranha.

Saber que, no fim, 
posso acabar com tudo, 
é o que me segura, 
me mantém de pé 
nesse equilíbrio precário 
entre continuar e desistir.

E enquanto isso 
flutua na minha mente, 
é essa ideia 
que me embala no escuro, 
que me faz seguir, 
mesmo que por um fio.

Porque, se tudo der errado, 
ainda tenho isso. 
E isso é meu controle, 
minha última tranquilidade 
no meio da tempestade.

Minha Coleção de PalavrasOnde histórias criam vida. Descubra agora