Em um instante, a luz brilha,
Uma esperança esboça seu sorriso,
O mundo parece ser um lugar de possibilidades,
E eu me movo com uma leveza momentânea.Mas logo, o chão se abre,
A certeza é substituída por um abismo,
As cores desvanecem, a energia se esconde,
E eu me encontro enredada em uma névoa opaca.O desejo de desaparecer é esmagador,
A vontade de se esconder sob a sombra da noite,
A imobilidade se torna um consolo,
O sono, um refúgio eterno e silencioso.A gangorra da mente balança sem cessar,
Entre a luz que incendeia e a escuridão que consome,
A oscilação é uma maré imprevisível,
E eu sou uma náufraga em seu turbilhão.Por momentos, a energia se acende como uma chama,
Ativa e vibrante, mergulhando na vida com fervor,
Como se nada tivesse sido destruído,
Como se a calmaria não fosse uma ilusão passageira.A atividade torna-se uma distração temporária,
Um modo de fugir do peso que me envolve,
Mas logo, o peso retorna, mais denso e cruel,
E eu sou arrastada novamente para o fundo.A batalha interna é uma guerra constante,
Entre o desejo de ser, de viver, e a vontade de desistir,
O mal, um aliado constante, muitas vezes triunfa,
E o bem, uma chama frágil, sempre ameaçada.Entre cada respiração, uma luta invisível,
Entre cada ato, uma dança entre a esperança e a desesperança,
Eu me movo entre dois mundos,
Onde a luz e a escuridão lutam pelo controle de mim.