Escrever é o que me salva,
é o respiro que encontro
no meio do caos interno,
uma porta que se abre
quando tudo ao redor se fecha.Cada palavra que escrevo
é um pedaço da dor que se dissolve,
um fragmento do medo
que deixo para trás.
A tinta no papel é o meu remédio,
a cura que busco
para os dias sombrios
e as noites insones.A dor que carrego em mim
se espalha pelas linhas,
ganha forma em versos
que exorcizam o pânico,
que dão nome à angústia
e transformam o que é sufoco
em algo que posso ver,
que posso enfrentar.Quanto mais escrevo,
mais leve me torno,
como se cada frase
fosse uma pedra a menos
nesse fardo invisível
que me pesa a alma.
É nas palavras que encontro o alívio,
que deixo escapar o que me sufoca
e respiro mais fundo,
mais livre.Escrever é a minha terapia,
a minha forma de lidar com o que não tem nome,
com o que me assombra nas sombras da mente.
E assim, em cada verso,
vou desenhando uma nova rota,
um caminho de volta
para a paz que busco.