Estou cheia,
de ver o ódio se espalhar como fogo,
incendiando corações que nada fizeram,
só porque existe prazer em destruir.Vejo olhos que queimam de raiva,
bocas que espalham mentiras,
sem motivo, sem razão,
apenas pelo prazer de ver alguém cair.Inventam histórias,
criam monstros onde não existem,
fazem da bondade um alvo fácil,
e da mentira uma arma afiada.E eu,
me sinto pequena,
uma só voz em meio ao turbilhão,
tentando gritar, tentando proteger.Mas como enfrentar,
quando são tantos a odiar?
Como apagar um incêndio,
com uma gota de água?Meu coração sangra,
vendo a verdade ser distorcida,
vendo o bem ser esmagado,
sob o peso de tantas vozes cruéis.Queria poder gritar mais alto,
fazer meu amor ser ouvido,
mas a escuridão é densa,
e minhas palavras se perdem no vazio.Odeio a injustiça,
odeio a cegueira que consome,
que transforma corações em pedras,
e mentes em armas.Mas, por mais que tente,
sou só uma contra tantos,
e o ódio parece crescer,
alimentado pelo desejo de destruir.Sinto a impotência corroer,
a frustração me sufocar,
porque a bondade é frágil,
e o ódio é um veneno que se espalha.Mas ainda assim,
não posso deixar de lutar,
de tentar ser a luz em meio à escuridão,
mesmo quando parece que tudo está perdido.Porque, mesmo que pequena,
minha voz ainda é minha,
e enquanto houver fôlego em mim,
não deixarei o ódio vencer sem lutar.