Eu digo que não me importo,
Com o que pensam de mim,
Mas no fundo, me torturo,
Com seus olhares assim.Finjo ser indiferente,
Ao julgamento alheio,
Mas a verdade é latente,
E me consome no seio.Cada palavra que ouço,
Ecoa no meu pensar,
Por mais que eu finja esforço,
Não consigo ignorar.Os sorrisos de escárnio,
As críticas veladas,
Causam em mim um impacto,
De feridas mal curadas.Olho no espelho e vejo,
Reflexos de insegurança,
O desejo de ser aceito,
É minha única esperança.Fingir ser imune à dor,
É uma máscara que uso,
Mas o peso do rumor,
É um fardo que não abuso.Sigo tentando esconder,
Minha fragilidade interna,
Mas não posso desmerecer,
A opinião que me inferna.Então, admito enfim,
Por trás dessa armadura,
Eu ligo, sim, e assim,
Revelo minha amargura.A busca por aprovação,
É um caminho solitário,
Mas não posso negar a razão,
Do meu coração contrário.