Quero esquecer você, apagar sua presença,
Mas a cada tentativa, sua imagem se torna mais clara,
Como uma sombra que se recusa a desaparecer,
Você se esconde nas esquinas da minha mente.
O ódio deveria ser minha arma,
Mas ele falha, se dissolve em dor,
E as fotos, essas malditas fotos,
São âncoras que me prendem ao passado.
Olho para elas e a ferida se abre,
Revivo momentos que deveriam estar mortos,
E quanto mais eu tento esquecer,
Mais profundamente você se enraíza em mim.
Por que é tão difícil?
Por que sua lembrança me persegue?
Quero arrancá-lo de mim,
Como uma erva daninha que sufoca.
Mas meu coração, teimoso,
Insiste em segurar suas memórias,
Em vez de liberar, de deixar ir,
Ele se agarra ao que já não é.
Quero me livrar desse sentimento,
Desse amor que virou veneno,
Mas a cada tentativa,
Parece que estou mais presa.
Como saio disso?
Como encontro a paz?
O esquecimento parece uma miragem,
Sempre à vista, nunca ao alcance.
Quero esquecer que você existe,
Que um dia fez parte de mim,
Mas sua ausência grita,
Ecoa em meu silêncio.
Será que um dia conseguirei?
Será que um dia serei livre?
Do peso do que sinto,
Da sombra do que você foi?
