Sombras que deslizam pelas paredes,
Ecos de sussurros,
Suspiros de algo além,
Murmúrios de uma noite sem fim.
O chão vibra com passos invisíveis,
Os olhos observam sem olhos,
A mente mergulha em medos sem nome,
Esses seres que já conheci bem.
Um brilho esmaecido nas sombras,
Sons de correntes que arrastam o silêncio,
Estrondos de uma realidade que se estilhaça,
Visões que me foram familiares.
Portas que se fecham sozinhas,
Gritos abafados no fundo do ser,
Pessoas que se desvanecem em névoa,
Em cada canto, o peso de algo vivido.
E eu, uma alma perdida,
Percorrendo corredores de mistério,
A sombra que reflete a sombra,
Em um labirinto de terrores, nunca terminado.
