Tenho medo do vento,
Do seu sussurro frio e incessante,
Que varre os campos e cidades,
Carregando segredos que nunca quis ouvir.Ele se insinua pelas frestas das janelas,
Um intruso invisível, incansável,
Trazendo consigo lembranças amargas,
Que eu preferia esquecer.Seus uivos na noite me aterrorizam,
Um coro fantasmagórico de vozes perdidas,
Sinto seu toque gelado na pele,
Um arrepio que não consigo controlar.Tenho medo do vento,
Porque ele é imprevisível e selvagem,
Não conhece limites, não respeita fronteiras,
E me deixa vulnerável, exposta.Cada rajada é um lembrete,
De que o mundo é vasto e indomável,
E eu sou apenas uma pequena figura,
Perdida em sua fúria descontrolada.O vento me desafia,
Testa minha coragem e resistência,
E eu, frágil diante de sua força,
Me encolho, desejando a calmaria.Mas ele não cessa, não tem piedade,
Continua a soprar, a gritar,
E eu me sinto pequena, insignificante,
Contra seu poder imenso e implacável.Tenho medo do vento,
Do que ele pode trazer,
Das mudanças que anuncia,
Das tempestades que prenuncia.Ele carrega o cheiro da chuva,
O presságio de dias difíceis,
E eu, assustada, procuro refúgio,
Mas o vento sempre encontra um jeito de entrar.Mesmo em minha fortaleza,
Seus sussurros me alcançam,
E eu não posso escapar,
Do medo que ele desperta em mim.Tenho medo do vento,
Do seu poder incontrolável,
E da minha própria fragilidade,
Diante de sua força indomável.Então, quando o vento sopra,
Fecho os olhos e espero
Que ele passe, que sua fúria se acalme,
E eu possa encontrar paz, pelo menos por um momento.