O sol nasce, mas o brilho não alcança,
A sombra em meu peito, pesada e densa.
A dor se esgueira, uma serpente implacável,
Cada suspiro é um fardo insuportável.Dias se estendem, um mar de agonia,
Onde o tempo, cruel, se arrasta e me guia.
Cada passo é um golpe, um corte profundo,
Na carne e na alma, um peso sem mundo.O espelho reflete o que eu não quero ver,
Um rosto marcado, um ser a perecer.
Os olhos, vazios, clamam por alívio,
Mas o tormento persiste, sombrio e altivo.A mente é uma prisão, sem chaves ou portas,
Onde gritos ecoam, feridas tão mortas.
As cicatrizes que carrego não são visíveis,
Mas no meu peito, as dores são terríveis.A noite traz silêncio, mas não a paz,
Pois na escuridão, a angústia é audaz.
Me encontro sozinha, num deserto sem fim,
A esperança é um eco que se perde em mim.Será que um dia, a luz voltará a brilhar?
Ou estou destinada a apenas sangrar?
A cada amanhecer, o peso aumenta,
E o coração, cansado, lentamente lamenta.Mas sigo em frente, por que não sei,
Talvez na esperança de encontrar um porquê.
Mas enquanto essa luta não tem um final,
Eu apenas existo, nesse ciclo fatal.