Ruínas

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O peso dos dias se acumula,
Cada segundo, uma pedra a mais nas costas,
Os ombros curvados,
O corpo cansado,
Os olhos que antes brilhavam
Agora afundados em sombras.

Cada suspiro é uma luta,
Respirar se torna um fardo,
E a alma, outrora cheia de vida,
Se retrai, se esconde
Nas cavernas escuras da mente,
Onde as vozes ecoam,
Repetindo os mesmos medos, as mesmas dúvidas.

A ansiedade corrói por dentro,
Como ácido, queimando lentamente,
Cada pensamento, uma faca afiada,
Cada batida do coração, um alarme,
Um grito que ninguém ouve.

A depressão, uma sombra silenciosa,
Que suga a cor do mundo,
Deixando apenas o cinza,
O vazio,
O nada.

O pânico vem como uma onda,
Arrasando tudo em seu caminho,
O corpo treme,
A mente se perde,
E o chão parece desaparecer sob os pés trêmulos,
Deixando apenas o abismo.

Pouco a pouco,
A ruína se instala,
As paredes internas desmoronam,
O espírito se desfaz em pedaços,
E o corpo, uma casca vazia,
Carrega o peso do mundo,
Mas sem forças para continuar.

E assim, vou me destruindo,
Lentamente,
Como uma cidade antiga
Que o tempo devora,
Até que nada mais resta
Além das ruínas de quem fui um dia.

Minha Coleção de PalavrasOnde histórias criam vida. Descubra agora