Minha identidade é feita de sombras,
Tecida por mãos que nunca foram minhas,
Por vozes que sussurravam venenos
Em momentos onde o silêncio deveria reinar.As cicatrizes que carrego,
Não foram escolhidas,
Mas impostas por histórias que não escrevi,
E pelas mágoas que absorvi como se fossem meu sustento.Cada queda, cada erro,
Me transformaram em algo que não reconheço,
E, ao invés de aprender a voar,
Aprendi a cair sem fazer barulho.As influências que cruzei,
Essas almas escuras e frias,
Me moldaram com uma precisão cruel,
Roubando o brilho que um dia, talvez, eu tenha tido.Agora sou feita de tristezas acumuladas,
Uma obra incompleta de desesperança,
Caminhando por caminhos que nunca escolhi,
Questionando se ainda há algo de mim,
Que não tenha sido corrompido pelo peso da dor.