Sombras da Alma

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A escuridão desce, sem aviso ou clemência, 
Um peso nos ombros, a vida sem razão, 
Os dias passam lentos, num ciclo sem fim, 
E o desejo de lutar se apaga no coração.

O sol brilha lá fora, mas não posso ver, 
A tristeza me cega, a dor é constante, 
Que um dia a alegria possa retornar, 
Parece um sonho distante, uma ilusão errante.

A cama se torna o meu único abrigo, 
Num mundo sem cor, onde tudo é vazio, 
O que antes amava, agora me é sombrio, 
E o esforço de viver, um fardo tardio.

A mente me engana, me faz acreditar, 
Que não há saída, que tudo é em vão, 
Os sonhos desfeitos, perdidos no ar, 
E o futuro incerto, só traz solidão.

A vontade de lutar se esvai lentamente, 
E cada passo é um peso, um tormento, 
A vida é um fardo, um caminho sem fim, 
E o vazio se alastra, sem nenhum alento.

Cada dia é um passo, mesmo sem direção, 
Procurando um caminho, mas sempre a cair, 
Na luta interna, silenciosa e cruel, 
Vou afundando, sem forças para resistir.

Embora o cansaço queira me vencer, 
Há algo em meu peito que ainda teima em bater, 
Mas é frágil a chama, quase a se apagar, 
E na escuridão, só consigo me afogar.

Pois na profundidade do mais frio mar, 
Não há luz que possa brilhar, 
E enquanto eu respirar, vou me perder, 
No abismo de mim, sem nunca renascer.

Minha Coleção de PalavrasOnde histórias criam vida. Descubra agora