Minha realidade é fria,
Como um inverno sem fim,
Caminho por uma via,
Onde a dor é meu jardim.
Espinhos cercam meu ser,
Em cada passo que dou,
A vida me faz sofrer,
Com as feridas que deixou.
O horizonte é sombrio,
Sem promessa de calor,
Em cada sonho vazio,
Encontro apenas dor.
As cores do meu mundo,
Desbotaram com o tempo,
Meu coração, moribundo,
Luta contra o tormento.
A esperança se perdeu,
Num mar de desilusão,
O futuro que é meu,
É feito de escuridão.
Sigo na estrada amarga,
Sem brilho, sem alegria,
Minha alma vaga,
Num ciclo de agonia.
Nos olhos, a tristeza,
É um espelho do meu ser,
Minha vida, uma incerteza,
Onde só há dor a ver.
Assim, eu vou vivendo,
Em um mundo desfeito,
Com a dor sempre crescendo,
E a esperança, no leito.
