As sombras em mim,
elas se movem como sussurros,
são ecos de um passado que não posso apagar,
são a tinta escura que desenha meu interior.
As sombras em mim,
elas dançam nas paredes da minha alma,
como fantasmas que nunca se afastam,
como névoa que cobre o que eu sou.
As sombras em mim,
são espelhos de um medo profundo,
de um anseio que nunca se realiza,
de uma dor que se esconde e persiste.
As sombras em mim,
são os traços daquilo que não consigo esquecer,
são os contornos de uma tristeza antiga,
que não se dissolve, apenas se intensifica.
As sombras em mim,
são como um véu que obscurece a luz,
como uma sombra que se estende,
alcançando cada canto do meu ser.
As sombras em mim,
gritam em silêncio,
falam com uma voz que só eu ouço,
descrevem um mundo que só eu conheço.
As sombras em mim,
têm rostos e formas,
são figuras distorcidas de dor e medo,
que se escondem em cada pensamento.
As sombras em mim,
não têm nome,
não têm forma definida,
mas são partes de mim, para sempre.
As sombras em mim,
são como o frio de um inverno eterno,
são como o peso de uma noite interminável,
que nunca se desvanecem ao amanhecer.
As sombras em mim,
me seguem onde quer que eu vá,
são os fantasmas de escolhas não feitas,
de promessas não cumpridas.
As sombras em mim,
são os lamentos não expressos,
são as lágrimas que não caem,
são as feridas que nunca cicatrizam.
As sombras em mim,
se entrelaçam com meus sonhos,
se misturam com minhas esperanças,
como tinta que não seca, como dor que não passa.
As sombras em mim,
têm uma vida própria,
uma existência que não posso negar,
uma presença que não posso ignorar.
As sombras em mim,
são os murmúrios de uma verdade oculta,
são as batidas de um coração partido,
são as cicatrizes que carrego por dentro.
As sombras em mim,
se tornam um manto escuro,
um abrigo para meus medos,
um refúgio para minhas inseguranças.
As sombras em mim,
me ensinam a viver na penumbra,
a encontrar beleza na escuridão,
a compreender a fragilidade da luz.
As sombras em mim,
não são apenas dor,
são também uma parte de quem sou,
um reflexo da minha complexidade.
As sombras em mim,
se revelam nas noites silenciosas,
quando tudo o que resta é o eco
de pensamentos que não posso escapar.
As sombras em mim,
são os segredos que mantenho,
são os mistérios que não revelo,
são as profundezas que nunca ilumino.
As sombras em mim,
têm uma beleza sombria,
uma melancolia que não se pode explicar,
uma poesia que não se pode esquecer.
As sombras em mim,
são a verdade de minha existência,
são a constante que nunca muda,
a dor que se transforma em serenidade.
As sombras em mim,
são parte do meu ser,
uma parte que carrego com orgulho,
uma parte que nunca deixarei de conhecer.
As sombras em mim,
são o lembrete constante
de que a luz não pode existir sem a escuridão,
de que a beleza pode nascer da tristeza.
As sombras em mim,
são a história que conto em silêncio,
a melodia que canto nas noites solitárias,
o poema que escrevo com cada suspiro.
As sombras em mim,
são as sombras que dançam,
que se contorcem e giram,
em um balé eterno, silencioso e profundo.
