Ela vem silenciosa, sem aviso,
Um vento que se ergue no coração.
Rodopia e puxa, sem qualquer juízo,
Sugando a paz, afogando a razão.A mente se enovela em turbilhão,
Cada pensamento se esvai em vão.
Energia escorre pelas mãos,
Num vórtice escuro, um vão furacão.As horas se desfazem no vazio,
O peito apertado, sem ar, sem paz.
O corpo cansado, tremendo no frio,
A clareza se perde, nunca mais.E assim, no redemoinho constante,
A ansiedade me toma, sem perdão.
Sou refém dessa força delirante,
Que devora o que resta da visão.