No véu da noite, o eco triste ressoa,
Em sombras, murmúrios de almas aflitas.
As torres góticas, onde a lua se entoa,
Guardam segredos de eras infinitas.Um corvo negro, em pleno voo sombrio,
Sobre lápides frias de pedra eterna.
O vento lamenta em sussurro bravio,
A canção dos mortos na noite moderna.Caminho solitária por bosques sombrios,
Entre ciprestes, silêncios e dores.
O coração pulsa em ritmos tardios,
Sob o manto de pétalas em cores.Oh, melancolia, doce dor persistente,
Que alimenta o espírito em noite escura.
Nos salões de marfim, a chama presente,
Revela um amor em eterna tortura.No castelo antigo, ecos de passos leves,
Por corredores onde o tempo se perde.
Espelhos quebrados, imagens breves,
Refletem fantasmas que a mente impede.E assim, na quietude do desespero,
A poeta solitária, em pena e pranto,
Escreve versos que desafiam o efêmero,
Nas sombras da noite, seu eterno encanto.