Capítulo 80.

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Merda, merda, merda!

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Merda, merda, merda!

Saí do banheiro como um furacão, girando nos calcanhares e disparando pelo corredor. Até perdi a vontade de fazer xixi. Cortei caminho entre as pessoas, desviando por outro lado para ter certeza de que Andrew não me veria.

Quando finalmente cheguei à nossa mesa — uma daquelas de canto com sofá encostado na parede —, deslizei para dentro e praticamente escorreguei no estofado, me escondendo ao lado de Kiara como se isso fosse suficiente para me salvar.

— Estou fodida! — Sibilei, olhando para cima, encontrando o olhar confuso de Kiara.

Ela estava com uma expressão de puro constrangimento, a careta claramente dizendo: "Garota, não me faça passar vergonha. Levante agora."

— Angel... Que que isso? — Ela murmurou, olhando ao redor para garantir que ninguém estava prestando atenção.

Eu disse.

— Levanta! — Ela agarrou meu braço, me puxando de volta para uma posição decente no assento.

— Andrew está aqui. — Apoiei minhas mãos em sua coxa e me inclinei sobre ela, falando quase em um sussurro.

— E? — Ela deu de ombros, parecendo totalmente desinteressada.

— Foi muito estranho! Quando Andrew falou comigo, Damon me ligou na mesma hora. Talvez ele seja um ET. Como ele adivinhou?

— Haaam... Ou talvez ele seja um vampiro e tenha ouvido de longe! — Kiara zombou, sussurrando como se estivesse narrando um episódio de série trash.

Revirei os olhos e me afastei, pegando meu drink e tomando um gole, os olhos varrendo o bar, temendo que Damon surgisse a qualquer momento como um furacão, pronto para acabar com a festa inteira.

— Eu não devia ser sua amiga, você nunca me leva a sério. — Resmunguei, cruzando os braços.

— Ai, deixa de drama, vai. — Ela estalou a língua, impaciente. — Eu não estou nem aí com Andrew ou com Damon, e você também não deveria. Você não está solteira? Deixa eles se matarem na porrada, isso é coisa de homem: sem miolos e com testosterona demais. Você, no entanto, é uma gatinha, sabia? Uma diva do rock por uma noite. Se divirta e esqueça os animais.

Ela perfurou meus olhos com os dela, a expressão confiante e o nariz empinado, como se tivesse acabado de ditar a verdade universal. Soltei um riso, não conseguindo evitar. Ela tinha razão. Deixa eles se foderem.

— Tá legal, até que você serve pra alguma coisa. Vou continuar sendo sua amiga. — Brinquei, ainda rindo.

— Cala a boca! — Kiara retrucou com um riso. Ela estendeu a mão, chamando a atenção de um garçom que passava. — Quatro doses de tequila, por favor.

— Na conta do Oliver? — O garçom perguntou com um sorriso.

— Isso mesmo. Valeu! — Ela respondeu sem hesitar.

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