Capitulo 78.

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Damon permaneceu em silêncio, o pomo de Adão subindo e descendo lentamente enquanto ele engolia seco

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Damon permaneceu em silêncio, o pomo de Adão subindo e descendo lentamente enquanto ele engolia seco. Seus olhos estavam fixos nos meus, buscando alguma leitura, algum indício de até onde eu estava disposta a ir. Mas, pela primeira vez, ele parecia não ter resposta.

— Não vai dizer nada? — Provoquei, inclinando a cabeça enquanto pressionava a lâmina com um pouco mais de força. — Que estranho. Você sempre tem algo a dizer.

Ele puxou o ar entre os dentes, claramente sentindo a ardência da lâmina contra sua pele. Sua expressão vacilou por um instante, mas permaneceu calado.

— Como passou pelo Emerson? — Questionei, ignorando completamente qualquer reação dele.

— Eu... espero ele se distrair ou entrar na casa. — Sua voz saiu rouca, grossa, e vacilante, cada palavra um esforço.

— O que você quer? — Rosnei, aproximando meu rosto ainda mais do dele.

— Eu não... ia fazer nada. — Ele abaixou os braços devagar, em um movimento calculado, até que a ponta de seus dedos roçou de leve o meu joelho esquerdo.

Minha mandíbula apertou, e minha paciência começou a se esgotar.

— Responde a pergunta. — Rangi entre os dentes, inclinando-me mais, a raiva transbordando na voz.

— Você. — Ele balbuciou, quase sem voz. — Ver você.

Meus olhos estreitaram, e minha mão firme no canivete não cedeu. Pressionei a lâmina com mais força, o suficiente para fazê-lo soltar outro suspiro curto entre os dentes. Uma careta passou rapidamente pelo seu rosto, quase imperceptível, mas o filete fino de sangue escorrendo em seu pescoço foi impossível de ignorar. Eu o cortei. Superficial, mas o suficiente para deixá-lo ciente de que eu não estava brincando.

— Tem mais alguma escuta aqui? — Perguntei, minha voz fria e controlada, sem me importar com o corte. Queria que ele soubesse que, se necessário, eu iria mais longe.

Damon respirou fundo, lutando para manter a compostura. Por um momento, aquele brilho de provocação em seus olhos sumiu, dando lugar a algo mais sério... talvez arrependido.

— Hum? — Empurrei meu joelho com mais força contra sua virilha, minha paciência se esgotando.

Ele abriu a boca, soltando um som baixo e carregado de frustração, algo entre o desespero e o nervosismo.

— N-não... — Murmurou, a voz mal saindo.

— Tem certeza, Damon? Porque, se eu achar, vou fazer um corte bem bonito aqui. — Apontei levemente para a veia pulsante em seu pescoço.

— Eu juro. — Ele sussurrou, sua voz um pouco mais firme, como se temesse o que eu faria se não acreditasse.

— Câmeras? — Continuei, não aliviando a pressão.

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