A Hallen Perdida

Capítulo 14

-O quê? -pergunto olhando para a mão dele estendida.
-Só.... -ele se aproxima de mim- Vem comigo, por favor.
-Por quê? -digo me afastando um pouco, mas em um piscar de olhos ele pega na maçaneta da porta a fechando e me aproximando já que eu estava apoiada na porta, me deixando cara a cara com ele, não tinha para onde fugir dessa vez.
-É surpresa -diz colocando as mãos ao lado da minha cabeça e se aproximando até não ter mais espaço entre nossos corpos, e falou muito perto da boca- Só confia em mim.
-Você está louco?! -exclamo tentando empurrá-lo com as mãos, mas é em vão- Não confio em você, e tenho motivos para isso!
-Ótimo! -diz finalmente se afastando- Eu já contava com isso!
Quando diz isso pega pelas minhas pernas, me joga por seu ombro e sai andando.
-Você ficou maluco?! -grito mas ele continua andando e não me responde- Blake! -tento chutá-lo mas ele parece não sentir nada- Me solta seu retardado!
-Não quero que considere o que vou falar agora uma ofensa -diz finalmente dirigindo a palavra a mim- Sua bunda já é grande, mas com essa calça branca ela fica enorme!
-O quê você disse?! -grito indignada.
-Estou considerando fazer isso mais vezes! -ele diz e percebo que está sorrindo.
-Tarado! -digo com fervendo de raiva.
-Não é minha culpa se você é gostosa! -ele exclama como se estivesse se defendendo, solto um grito de raiva- E fica ainda mais gostosa com raiva!
-Eu odeio você! -grito de raiva.
-Olha! Finalmente achamos uma coisa em comum!
-Idiota! -bato nas costas dele.
Ele não fala mais nada o caminho inteiro, já eu, grito, esperneio e o xingo como uma louca, algumas criadas e guardas que vêem passar nos olham com cara assustada e algumas vezes até riem.
Depois de passar pelas portas do Palácio paro de gritar e espernear, só deixo ele me carregar. Depois de mais algum tempo me carregando ele para e me coloca no chão, assim que meus olhos encontram os dele começo a bater em seu peito com meus punhos várias vezes, o xingando, mas ele não se mexeu, me preenchi de raiva, fechei meu punho e gritando, dei um soco com toda força que eu tinha em sua barriga e ele se contorceu caindo na grama.
-Você aprende rápido! -ele murmura com a voz esganiçada de dor.
-Meu punho estava reto o bastante, Alteza? -provoco entre as risadas.
Ele se levanta rápido, pega em meus pulsos e ne prende em uma árvore. Se aproxima e sussura em meu ouvido
-Ataque direto no nariz, ele vai ficar vulnerável e não vai saber o quê o atingiu -disse me deixando ofegante e perguntou em um sussurro- Entendeu?
Assinto recuperando o fôlego, então ele me pega pela cintura me virando para a frente.
Olho para frente ainda ofegante, ele tinha me levado no lugar mais lindo que eu já havia visto. Era um campo cheio de flores, todos os tipos de flores, era lindo e enorme, havia mais ao lado um labirinto com paredes de flores de todas as cores e tipos, no meio do labirinto podia se ver a ponta de uma fonte que jorrava água.
-Blake, isso é... -digo sem fôlego- Lindo!
-Essa foi, definitivamente, a coisa mais bonita que você disse para mim desde que chegou aqui! E o elogio nem foi direcionado à mim!  -diz me fazendo rir.
-Por quê me trouxe aqui? -pergunto direcionando meu olhar a ele.
-Como consegue me diferenciar do meu irmão? -ele rebate.
-Eu perguntei primeiro!
-Eu não sei -diz frustrado me fazendo olhar para ele confusa.
-Como não sabe?!
-Eu, apenas não sei, okay?!
-Por quê está sendo legal comigo?! -insisto, ele não foi legal comigo desde que cheguei aqui!
-Não faz perguntas, só aproveita! -diz pegando em minha mão- Vem comigo! -vai me puxando pelo Jardim.
Chegamos a um estábulo, havia vários cavalos e éguas, alguns homens escovavam o pelo dos cavalos. Blake pediu para um homem preparar um cavalo. Eu não estava entendendo nada até o homem chegar com um cavalo enorme, todo preto e lindo. Até que estava tudo bem, eu nunca havia montado em um cavalo mas não devia ser tão difícil. O cavalo se levantou ficando em apenas duas patas e abriu duas grandes asas pretas para logo depois pousar no chão. Tentei dar meia volta e correr mas Blake me pegou pela cintura me impedindo de escapar da morte.
-Se você acha que eu vou montar nisso você não poderia estar mais enganado! -grito com medo.
-Vai! É só um cavalo!
-Com asas! É um cavalo! Com asas!
-Vamos! -ele me pegou no colo e me botou a força em cima do cavalo, mas levou vários chutes meus no caminho.
Eu fiquei na frente, e ele logo atrás de mim, perto demais para o meu gosto e minha sanidade.
-Quem você pensa que é?! -pergunto com raiva, se ele achava que podia mandar em mim, ele estava enganado.
-Blake Wright, futuro rei de KingsCounty, muito prazer! -diz estendendo a mão para eu apertá-la. Olho para ele com cara feia e ele sorri com aquele sorriso canalha maravilhoso. Desvio o olhar tentando não sorrir também, mas é quase impossível. O cavalo alça vôo e suas asas batendo soam quase tão alto quanto meus gritos. Ele vai indo mais alto e mais alto. Me viro desesperada escondendo meu rosto no peito de Blake.
-Vejo que ainda tem medo de altura! -ele grita para que eu possa ouvir.
-Eu te odeio! -grito de raiva tentando me virando de volta para frente, subo mais um pouco para frente do cavalo tentando me afastar dele mas ele me pega pela cintura me puxando mais para perto.
-Duvido que vá continuar me odiando depois que ver esta vista! -ele diz em meu ouvido. Abro os olhos para observar. Era realmente tudo muito lindo, florestas que se estendiam por quilômetros, os muros do Palácio tão intocáveis, as aldeias, as casas. Imaginei que dentro dessas casas haviam diversas famílias, felizes e unidas, cada uma com as suas diferenças, e problemas, com uma mãe compreensiva, um pai protetor, filhos e filhas com futuros pela frente. Cada família daquela podia ter seus problemas, suas indiferenças, e eu também sabia que muitas daquelas crianças reclamavam e brigavam com seus pais, mas não conseguiam dormir sem um beijo de boa noite da mãe, ou um abraço protetor do pai. Nem percebi que estava chorando, olhei para baixo e vi que a crina do cavalo estava encharcada por minhas lágrimas.
-Isso tudo é lindo! -disse ofegante tentando esconder as lágrimas.
-Você está bem? -ele pergunta preocupado. Eu apenas assinto apreciando o resto da vista. Ele segura mais firme mas rédeas do cavalo o conduzindo para aterrissar. Cobri os olhos com as minhas mãos quando aterrissamos, com medo, e também tentando disfarçar enquanto enchugava as lágrimas. Blake me ajuda a sair do cavalo e ele percebe que estou chorando, cubro meu rosto novamente, mas ele me para pegando minhas mãos e me encarando. Não consigo conter as lágrimas ao olhá-lo, sua expressão fica extremamente séria e ele me puxa para perto de si, me abraçando.
-Não faz ideia do quanto eu odeio ver você chorar! -diz parecendo estar com raiva, mas não de mim, de si mesmo. Me afasto dele o quanto eu posso e desta vez ele não protesta.
-Por quê está sendo legal comigo?! -pergunto com raiva- O que está ganhando com tudo isso?!
-Eu...
-Eu estou cansada de mentiras, Blake! -o interrompo- Você briga comigo o tempo todo! O que deu em você, droga?!
-Eu estou cansado de brigar! -ele grita com raiva- Mas você é impossível! Você me tira do sério, garota!
-Ah, e você acha que eu gosto de ouvir você gritando comigo?!
-Não é minha culpa se você é inconsequente e não faz nada certo! Meu trabalho é te proteger! Mas você também não ajuda!
-Por quê se preocupa tanto em me proteger se sou tão inútil?! -grito quase em lágrimas o fazendo se lembrar do que havia me dito quando cheguei aqui. Ele olhou dentro de meus olhos com dor e arrependimento.
-Não foi isso que eu quis dizer -ele diz quase em um sussurro.
-Mas foi isso que você disse! E quer saber o que mais dói?! É que você está certo! -grito com raiva de mim mesma, eu sabia que ele estava certo, sempre soube, eu não seria capaz de salvar está dimensão. Então por quê me mantinham aqui?
-Não! Eu estava errado! Você não é inútil, Millena! -ele diz segurando meu rosto encharcado de lágrimas entre suas mãos macias- Por favor, eu cansei de brigar, não precisa ser minha amiga, nem precisa conversar comigo, não precisa nem olhar na minha cara, só para de me olhar desse jeito, eu faço tudo para você parar de chorar!
Sorri fraco, ele nunca tinha falado comigo assim, sem brigar ou me olhar com aquela cara de raiva e deboche, a expressão dele era, sincera, como se ele não tivesse nada a esconder. Tirei suas mãos de meu rosto e me afastei limpando as lágrimas, eu era sensível demais! E eu odiava isso! Tinha que parar de chorar por nada.
Sinto um pingo cair sobre o meu nariz, me tirando de meus devaneios, depois outro pingo sobre minha cabeça, outro sobre meu braço e logo um temporal caiu sobre nós.
-Droga! Começou a chover! -Blake gritou começando a correr em direção ao Palácio mas eu peguei em sua mão o fazendo parar. Em poucos segundos ele ficou encharcado, parecendo um cachorro molhado, nem queria imaginar o meu estado.
-Por quê está fugindo, Alteza? Tem medo de estragar seu penteado?! -disse em um tom de divertimento, rindo de seu estado.
-Eu não tenho medo de nada! -diz enquanto solto minha mão da sua- E além do mais, eu fico bonito de qualquer jeito!
-Eu não teria tanta certeza, Alteza! -digo rindo de sua cara.
-Ah é?! Quero ver se você vai ficar bonita quando eu bagunçar esse cabelinho! -diz com uma cara maliciosa vindo em minha direção.
-Isso se você me alcançar! -grito e começo a correr, com ele vindo logo atrás de mim. Não tomo banho de chuva desde pequena, sentia falta disso. Blake conseguiu me alcançar, me agarrou pela cintura e me puxou para perto, apertou minha cintura mais forte, eu estava tentando recuperar meu fôlego e ele queria me deixar sem fôlego de novo? Assim era muita covardia!
-Não deveria estar fazendo uma coisa mais importante? -perguntei ainda ofegante procurando forças para me afastar dele- Alguma obrigação de futuro rei?
-Na verdade, agora está acontecendo uma reunião muito importante sobre as finanças do Reino -ele diz olhando para cima parecendo pensativo- Consigo sentir o tédio de Thony!
-Thony?
-Anthony, meu irmão gêmeo, que você encontrou aquele dia no corredor! -explica.
-O quê ele está fazendo lá?
-Bom, aparentemente você é a única pessoa que consegue nos diferenciar, então...
-Você precisa ir, eu preciso ir! -murmuro percebendo que ainda estava perto demais dele. Ele se afasta notando que eu estava desconfortável com a situação.
-Então -ele diz olhando em meus olhos e estendendo sua mão para eu apertá-la- Conhecidos?
Não era isso que eu queria, podia ter raiva dele, muitas vezes, mas toda vez que olhava em seus olhos queria que tudo voltasse a ser como antes, eu sabia que era impossível, mas não custava sonhar.
-Conhecidos -disse apertando sua mão- Vai parar de gritar comigo, não é?
-Depende do quanto da sua chatisse eu consigo aguentar!
-Blake! -bato com as mãos em seu peito- Vai parar de me provocar?
-Provocar como? -Blake diz em um tom malicioso se aproximando.
-Blake!
-Okay, okay -ele diz colocando as duas mãos para cima em forma de rendição- Assim que entrarmos pela porta daquele Palácio, eu não irei mais incomodar você!
Eu sorrio satisfeita e vejo que ele tenta conter o sorriso.
Percebo que ainda está chovendo e e me lembro da última vez que tomei um banho de chuva, eu tinha uns 6 anos, fui passar o final de semana na casa dos meus avós, foi a última vez que os vi antes de morrerem em um acidente fatal.
Eu e Maya estávamos na grama brincando de pega-pega, e começou a chover, ela tentou correr da chuva mas então meu avô saiu pela porta da frente de casa abrindo os braços e rindo de alegria. Como alguém que acorda em um dia ensolarado de sol. Ele chama minha avó quase desesperado, ela vem com raiva e pisando forte, mas quando vê que está chovendo tem a mesma reação que ele. Ela o arrasta para a grama e eles começam a dançar animadamente, Maya e eu nos juntamos a eles, eles estavam mais felizes que nunca. Minha avó abriu os braços inclinando a cabeça para trás e começou a girar. Meu avô ria de sua atitude e olhava para ela como, se ela fosse a única mulher que existia. Foi a melhor tarde da minha vida. Nunca havia me divertido tanto.
Abri os braços e inclinei minha cabeça para trás, rindo como meu avô. Comecei a girar e girar, sentindo os pingos de chuva escorrendo por todas as partes do meu corpo. Girei até ficar tonta e cair no chão virada para o céu. Ouvi a risada de Blake  abafada graças ao barulho da chuva, mas pude ouvir o chiar da grama quando ele se deitou ao meu lado.
-Você é louca, e bipolar! -diz olhando para mim.
-Só agora que você percebeu? -perguntei para ele debochada.
Ele se levantou em um salto, me levantou, não sei como e me colocou sobre seu ombro de novo.
-Você disse que não iria mais me provocar, Blake! -gritei de raiva.
-Eu disse que não te encomodaria mais assim que passássemos pelas portas do Palácio, não sei que parte eu perdi do nosso passeio, mas tenho quase certeza de que não passamos pelas portas do Palácio ainda!
Grito de raiva e ele ri. Chegamos ao Palácio, ele me carrega até meu quarto e me joga em cima da cama, olho atrás dele e vejo que deixamos um rastro de água.
-Sem brigas? -pergunto estendendo a mão do mesmo jeito que ele havia feito antes.
-É; posso tentar isso! -ele diz apertando minha mão- Não sei se sabe mas eu tenho probleminhas com raiva -reviro os olhos- Mas se quiser que a gente não brigue, vai ter que parar de revirar os olhos!
-Então vamos brigar! -falei decidida.
-Então eu vou te provocar!
-Então eu vou transformar sua vida em um inferno, Alteza!
-Chata!
-Idiota!
-Irritante!
-Retardado!
-Ignorante!
-Babaca!
-Inconsequente!
-Millena! -grita Chloe desesperada entrando no quarto.
-Ela xinga melhor que você! -Blake disse se virando rapidamente para Chloe e voltando a me encarar. Reviro os olhos e ele me olha irritado.
-A-Alteza? -Chloe se assusta quando vê Blake e faz uma reverência - O-O quê f-faz aqui?
-Eu já estava de saída, arrume a senhorita Millena para o jantar -ele diz olhando sério para mim.
-Eu vou jantar no meu quarto! -exijo decidida.
-Eu sou o futuro rei, e exijo sua presença no jantar! -ele fala autoritário e pisca para mim dando um sorrisinho de canto antes de sair, o que me deixa sem fôlego.
Chloe faz uma reverência quando Blake passa por ela, logo depois vem andando até mim, apressada.
-Onde você estava?! -ela pergunta me olhando de cima a baixo- Nós a procuramos por todo lugar!
-Eu fui sequestrada! -exclamo apontando para a porta por onde o Blake havia saído.
-Precisamos te arrumar para o jantar, Millena! -ela diz me empurrando para o banheiro- Tome um banho! Vou buscar as outras e escolher um vestido para você!
Ela sai correndo do quarto desesperada, tomo um banho rápido, seco o meu cabelo eu mesma, as meninas entram apressada com um vestido lindo. Elas me sentaram na cadeira e Mary e Chloe começaram a mexer em meu cabelo que nem loucas, enquanto Louise me maquiava. De vez em quando eu viarava a minha cabeça para perguntar o que estava acontecendo mas Mary empurrava a minha cabeça para frente dizendo para eu não me mexer. Elas terminaram mais rápido do que eu esperava, elas haviam prendido parte de meus cabelos castanhos para trás fazendo um coque elaborado e deixando parte de minhas franjas soltas.
Elas não me deram tempo de analisar direito, me levaram ao closet e me obrigaram a vestir o vestido, que era mais que lindo. Elas foram bem ousadas na escolha do vestido, eu com certeza o escolheria se estivesse no lugar delas.
Ele era todo transparente, só tampado por o que pareciam ser ramos de flores, não possuía mangas e ia até meus pés. Elas me deram um salto alto estranho mas coloquei mesmo assim.

Me empurraram para o corredor, me deram as coordenadas para eu chegar a sala de jantar. Saí correndo para não chegar atrasada mas acabei esbarrando em uma criada que levava um carrinho cheio de coisas que quebravam, e é claro que se fosse qualquer outra pessoa não quebraria nada, mas como era eu, tudo foi para o chão quebrando pratos e copos em milhões de pedacinhos. Me agachei e comecei a juntar os cacos para ajudar a moça, a moça fez o mesmo que eu e quando levantei a cabeça me desculpando mas vou de cara com a senhora S., mãe do Allan.
-Senhora S.?! -pergunto pasma.
-Minha querida -ela me olhou com ternura e me levantou para me abraçar- Fiquei tão preocupada!
-Minha mãe! Você sabe como ela está?! Onde ela está?! -pergunto desesperada por uma resposta.
-Ela está bem! Não se preocupe minha querida -ela diz colocando sua mão em meu rosto, eu já ameaçava chorar- Não chore minha querida, vai borrar a maquiagem!
Eu rio e pego uma vassoura do carrinho que ela carregava a começo a varrer a sujeira que fiz.
-Não! Me desculpa por isso, vai se atrasar para o jantar deixe que eu limpe, querida!
-Mas é claro que não, eu seujei, eu limpo! -digo e pisca para ela, ela ri e me ajuda com tudo.
-Como a senhora está? Também é... um deles? -pergunto a ela.
-Estou ótima, minha vida voltou ao normal depois de tudo. E sim, sou uma deles, desculpe ter te enganado, mas se não o fizesse, Vossa Alteza iria... -Ela para de falar como se já tivesse falado demais.
-O quê? O quê Blake faria? -pergunto já sentindo a raiva que sentia dele voltar.
-Millena eu não posso...
-Você vai me contar o que ele iria fazer, agora!
-Ele iria mandar meu filho para a guerra que se desprende na passagem para as dimensões! -ela suspira desistindo de resestir, quase chorando- Te enganar era o único jeito de salvar meu filhote!
-Eu sinto muito, senhora S. -digo a abraçando.
-Blake salvou meu filho! Não fique brava com ele, por favor! -ela me pede. Sinto muito senhora S. mas meu tratadi de paz com o Blake já não valia mais nada para mim.
-Ele usou seu filho contra a senhora! Mas não se preocupe, não vou descontar no Blake! -menti tentando acalmá-la, a abracei mais forte como e fosse uma despedida. Ela se desvencilhou do abraço e deu um beijo carinhoso de mãe na minha testa.
-Se cuide, minha querida Milli -ela diz com ternura e se afasta empurrando o carrinho.
Limpo algumas lágrimas que haviam caído e digo para a sala de jantar.
Viro mais um corredor e consigo ver Blake vindo pelo corredor. Quando me vê me olha de cima a baixo com os olhos arregalados.
-Você não vai àquele jantar vestida assim! -diz autoritário e com raiva.
-Está enganado se acha que pode mandar em mim, Alteza! -ele me olha com mais raiva, com um olhar intenso do posse, me aproximo dele o desafiando- E por quê se importa tanto com o quê eu visto, Alteza? Ciúmes?
-Por quê está me olhando com essa cara de ódio de novo? -ele pergunta cansado- Pensei que tivéssemos combinado que não íamos mais brigar!
-Não quero mais olhar na sua cara! -digo fervendo de raiva- Eu não devia ter confiado em você! Nunca!
Esbarro em seu ombro e propósito quando passo, o deixando confuso no meio do corredor. O tratado de paz havia acabado, eu ia tornar a vida dele um inferno.

Desculpa a demora para postar capítulo novo, estava sem net de novo, espero que entendam❤❤

Acho que tivemos uma quase reconciliação, desculpe pelas falsas esperanças KKKKKK❤

Espero que gostem e não esqueçam de votar, please❤❤
Beijos e Até logo❤❤❤